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Rio terá ato por recolocação das fotos de crianças vítimas da violência no estado


Mural, na Lagoa, com fotos das crianças mortas por bala perdida (Foto: Rafael Henrique Brito/ONG Rio de Paz
Mural, na Lagoa, com fotos das crianças mortas por bala perdida (Foto: Rafael Henrique Brito/ONG Rio de Paz

No último domingo, a Prefeitura do Rio arrancou do mural, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul da cidade, as fotos de 49 crianças vítimas de bala perdida no estado. A ONG Rio de Paz realiza, no próximo sábado (4), a partir das 10h, um ato silencioso para reivindicar a recolocação do mural. No local, no entanto, foi mantida a homenagem aos policiais militares mortos em conflito. A exposição das fotos visa denunciar a violência no estado.


“A Prefeitura do Rio, sem a ninguém avisar, numa atitude de completa desconsideração pelo sofrimento dos parentes das vítimas, mandou arrancar todas as fotos, impedindo assim que ganhasse nova e perturbadora visibilidade a face mais hedionda da criminalidade na nossa cidade”, disse Antonio Carlos Costa, fundador da Rio de Paz, responsável pela instalação do memorial, que já existe desde 2015 para homenagear as diversas vítimas da violência no estado.


As fotos de crianças vítimas da violência, incluindo a de Diego Vieira Fontes, de 4 anos, morto em Paty do Alferes, no Centro-Sul Fluminense, foram removidas por ordem do prefeito Eduardo Paes (PSD). Ele disse que os organizadores do ato deveriam ter pedido autorização prévia do município, o que não aconteceu. “Não dá para cada organização de cariocas indignados achar que vai fazer uma exposição em área pública do Rio de Janeiro - por mais justa que possa ser a homenagem e o registro - e instalar onde bem deseja na cidade”, argumentou o prefeito. Na ocasião, Antonio Carlos Costa disse que jamais pediu autorização para os atos.


"Estaremos neste sábado, dia 4/1, das 10h às 11h, na Lagoa, com as fotos das crianças mortas por bala perdida - que o prefeito @eduardopaes mandou retirar -, juntos aos familiares dos pequenos e voluntários empunhando as imagens, já que não podemos mais fixá-las ali, onde ficamos por 9 anos. Junte-se a nós! Participe dessa ação humanitária! Esperamos você! É só chegar. É na Curva do Calombo (Av. Epitácio Pessoa 3.666)", postou a ONG Rio de Paz no Instagram.

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