Rodada de negociações Rússia-Ucrânia termina sem avanços
Atualizado: 1 de mar. de 2022
As negociações para discutir um cessar-fogo na Ucrânia terminou sem avanços após reunião entre delegações da Rússia e da Ucrânia nesta segunda-feira (28). De acordo com a agência russa RT, as delegações retornarão para consultas antes da próxima rodada, que deve ocorrer nesta terça ou quarta-feira.
O principal objetivo das negociações era discutir um cessar-fogo na Ucrânia, disse Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Os dois lados identificaram uma série de tópicos prioritários, sobre os quais “certas soluções foram delineadas”, acrescentou, citado pela RT.
As duas delegações encontraram pontos sobre os quais podem ser alcançadas posições comuns, confirmou Vladimir Medinsky, assessor do presidente russo Vladimir Putin.
As conversas de segunda-feira, que duraram quase cinco horas, ocorreram na Bielorrússia, perto das fronteiras russa e ucraniana. A próxima rodada acontecerá na fronteira entre Bielorrússia e Polônia nos próximos dias, disse Medinsky.
A delegação da Ucrânia foi liderada pelo ministro da Defesa, Alexey Reznikov, e sua principal demanda foi um cessar-fogo imediato e a retirada de todas as tropas russas do país.
Nenhum dos dois presidentes envolvidos na guerra participou do encontro. Nesta segunda-feira, a invasão russa à Ucrânia entrou no quinto dia.
A capital, Kiev, e a segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, amanheceram com explosões, segundo relatório do serviço estatal de informação do país. As Forças Armadas ucranianas, porém, dizem que o Exército russo parece ter diminuído o ritmo da ofensiva.
Moscou ordenou a entrada de forças militares na Ucrânia na quinta-feira, dizendo que Kiev precisa ser “desmilitarizada” e “desnazificada” para proteger as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk, assim como a própria Rússia. A Ucrânia e seus apoiadores ocidentais acusaram a Rússia de agressão “não provocada”. O Reino Unido, os EUA, a UE e vários outros países impuseram sanções abrangentes visando não apenas a economia russa, mas Putin e outros altos funcionários russos pessoalmente.
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