Rodoviários de Niterói pedem impeachment de Bolsonaro
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Rodoviários de Niterói pedem impeachment de Bolsonaro


Rubens Oliveira, presidente do Sintronac

O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santos Oliveira, enviou um manifesto, intitulado “Carta aos Poderes”, para o Supremo Tribunal Federal (STF), Senado e Câmara dos Deputados, cobrando a abertura do processo de impeachment de Jair Bolsonaro.

O documento alerta que o País atravessa grave crise e, embora o presidente da República tenha acenado com um recuo nas ameaças proferidas por ele à democracia brasileira, Bolsonaro sempre adotou uma estratégia de ataque e recuo.

“Isso significa que Bolsonaro apenas recuou para voltar a atacar mais na frente. Por isso, ele tem que ser contido pelos meios legais disponíveis, principalmente pela Câmara Federal, onde estão adormecidos mais de 130 pedidos de impeachment. Caso contrário, ele atingirá seu objetivo de levar a nação ao caos e, sob esse pretexto, instaurar uma ditadura”, afirma Rubens Oliveira.


Leia o documento na íntegra:

Excelentíssimos senhores e senhoras,

O Brasil não pode mais viver de sobressaltos. Na condição de trabalhadores do setor rodoviário, assistimos há anos o País mergulhar em um pântano político, enquanto seu potencial econômico é drenado sistematicamente para beneficiar a poucos em detrimento da maioria.

Vemos desempregados ganharem o falso status de empreendedores; profissionais graduados enterrarem suas carreiras no transporte alternativo; e aqueles, que já compunham a imensa massa de pobres, mergulharem de vez na miséria absoluta.

Suportamos, em nome do desenvolvimento da nação, a perda de direitos e o declínio de nossa cidadania com as reformas Trabalhista e da Previdência.

Em nosso cotidiano, sofremos com a violência, que atingiu, no Brasil, patamares de países encurralados pelo terrorismo. Padecemos com a Saúde Pública em frangalhos, com a Educação em decadência e com a juventude abandonada à própria sorte.

Os senhores e senhoras sabem disso, é impossível que não saibam. Assim como sabem que toda essa conjuntura não foi fermentada da noite para o dia. No entanto, ela possibilitou a ascensão daquele que, hoje, ocupa a Presidência da República.

Jair Bolsonaro fez das falsas promessas seus versículos e adotou o dolo como estratégia. Enganou multidões, iludiu os ignorantes, associou-se a especialistas na propagação de informações falsas para impor suas mentiras.

Ao mesmo tempo, o presidente e seus ministros arruínam o meio-ambiente, imobilizam a indústria nacional, afugentam os investidores, riem do desemprego, da inflação e da indigência da população. Não satisfeitos, condenaram milhares de brasileiros à morte pela covid-19, tanto por não fazerem nada para impedir esse holocausto, quanto por realizarem experiências na população com a aplicação de remédios ineficazes para o combate à doença.

Na histórica data do 7 de Setembro, Bolsonaro desafiou todos os pilares de sustentação do nosso Estado Democrático de Direito e insuflou seus seguidores a seguirem o mesmo caminho. Levou milhares às ruas. Afirmou que não irá acatar decisões do Supremo Tribunal Federal, assim como, em um passado recente, havia garantido que não aceitará o resultado das urnas em 2022, caso não seja ele o vitorioso.

Encurralado pelo fantasma do impeachment, pelo salto do dólar e pelo esfriamento da Bolsa de Valores, voltou atrás. Divulgou um lamento em forma de carta, quase um pedido de desculpas por tudo que já disse e fez até agora.

Pedimos aos senhores e senhoras que não se deixem enganar por essa carta. Ela faz parte da tática de avanço e recuo de Bolsonaro e seus estrategistas. É fundamental compreendermos que a essência do pensamento do presidente e seus seguidores é apenas o clamor delirante por uma "nova ordem" nascida da ruptura institucional e da destruição das bases da nação em todos seus aspectos, inclusive o antropológico. Não há em seus planos a ideia de um País desenvolvido, mas apenas a de uma terra arrasada.

Hoje, dois pilares de nossa Democracia podem erguer com orgulho a Bandeira do Brasil em suas cúpulas: o Supremo Tribunal Federal e o Senado. Ambos se interpuseram no caminho daqueles que insistem em nos conduzir a uma ditadura. Falta, agora, a Câmara de Deputados, quando abrir o processo de impeachment de Jair Bolsonaro. Podemos escolher como queremos que nosso nome seja lembrado para a história. Esse é o momento.

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