Rússia cria material capaz de absorver petróleo da água
- Mehane Albuquerque
- há 37 minutos
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Químicos da Universidade Estadual de São Petersburgo, na Rússia, desenvolveram um material capaz de absorver petróleo presente na água, conforme informado pelo portal da instituição. A inovação é reutilizável, resistente e pode flutuar na água.

O material foi produzido a partir de derivados de petróleo. Trata-se de uma película flexível formada por inúmeras fibras ultrafinas, que juntas compõem uma estrutura semelhante a uma esponja. Ao ser colocado sobre uma mancha de óleo, o material inicia imediatamente a absorção dos contaminantes, escurecendo gradualmente.
Após o processo de limpeza, o desenvolvimento pode ser espremido, lavado e novamente utilizado. O petróleo extraído também pode ser reaproveitado. Segundo os pesquisadores, mesmo após cinco ciclos de uso, a capacidade de absorção do material se reduz apenas entre 15% e 20%.
"Nós testamos sua eficácia tanto em petróleo bruto quanto em diferentes frações de derivados. A sorção é bastante elevada. Para óleo de motor, são 40 gramas de óleo por grama de material; para petróleo bruto, 20 gramas", afirmou Anastasia Nosova, especialista sênior da equipe de pesquisa.
A tecnologia foi testada em condições próximas às reais, reduzindo a temperatura da água salgada para +4 °C e simulando a rotação do líquido e a formação de ondas com equipamentos especiais. A inovação demonstrou eficácia em diversas condições atmosféricas, incluindo chuva e forte agitação do mar.
A universidade considera que o novo material pode se tornar uma ferramenta relevante no enfrentamento de desastres ambientais. Atualmente, a equipe estuda as possibilidades de sua aplicação.
A preocupação com a poluição hídrica está presente na agenda de diversos países do BRICS.
Na China, um grupo de pesquisadores da Universidade Oceanológica de Xangai desenvolveu e implementou um sistema ecológico integrado de purificação da água, informou o China Daily, parceiro da TV BRICS. A iniciativa busca, primeiro, eliminar a fonte da poluição e, em seguida, criar condições favoráveis ao crescimento de plantas aquáticas selecionadas, promovendo um ecossistema capaz de se auto-purificar.
Na Índia, cientistas apresentaram ao Departamento de Meio Ambiente de Nova Délhi os resultados de um estudo sobre a qualidade da água do rio Yamuna, identificando a contribuição do esgoto não tratado e de descargas industriais para a contaminação.
Entre as medidas propostas estão o aperfeiçoamento dos processos de oxidação, a remoção biológica de substâncias e o fortalecimento dos sistemas de monitoramento, segundo informações da ANI, parceira da TV BRICS.
No Brasil, como parte das ações de preservação ambiental, São Paulo implementou a coleta de óleo vegetal usado. Neste ano, o município recolheu mais de 10 toneladas de óleo residual e as reutilizou na produção de duas toneladas de sabão.
A iniciativa evitou a contaminação de 501 milhões de litros de água potável e impediu a emissão de 54,9 toneladas de dióxido de carbono, relatou o portal Metrópoles, parceiro da TV BRICS.
Fonte: TV BRICS, parceira do TODA PALAVRA






