Sargento que matou vizinho pede novo habeas corpus
A defesa do sargento da Marinha Aurélio Alves Bezerra apresentou um novo pedido de habeas corpus para conseguir a soltura do militar, na última segunda-feira (7/3). O oficial é acusado de matar com três tiros o vizinho, Durval Teófilo, no dia 2 de fevereiro, em São Gonçalo. Na ocasião, Aurélio disse que confundiu a vítima com um assaltante.
Segundo as informações do sistema do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJ-RJ), a petição, impetrada no Departamento de Autuação e Distribuição Criminal da Segunda Vice-Presidência do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), foi realizada às 21h26 de segunda-feira. A ação foi apresentada três dias após a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, onde corre o processo, rejeitar o primeiro pedido de liberdade. Até o momento, o habeas corpus impetrado na última segunda-feira ainda não foi concedido.
Na última sexta-feira (4/3), a juíza titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, Juliana Grillo El-jaick, citou as ameaças recebidas pela esposa da vítima como um dos motivos para negar o pedido de liberdade do sargento. A magistrada também destacou que a manutenção da prisão é necessária para auxiliar a produção de provas.
“Diante dos indícios já coletados, entendo se fazer necessária a completa produção de prova em sede judicial – notadamente a oitiva das testemunhas e o interrogatório do acusado – para eventual revisão da prisão cautelar decretada, em nome da garantia da ordem pública e da preservação da integridade física e psicológica daqueles que deporão em Juízo, além da garantia da aplicação da lei penal”, diz trecho da decisão.
O caso
Durval Teófilo trabalhava como repositor de supermercado e foi morto no dia de 2 fevereiro quando chegava a sua casa, no bairro Colubandê, em São Gonçalo. Ele foi atingido por três tiros efetuados por Aurélio Alves Bezerra quando abria sua mochila para pegar a chave do portão.
O sargento disse à polícia que atirou contra Durval após confundi-lo com um assaltante. Aurélio Alves Bezerra foi denunciado por homicídio duplamente qualificado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. A acusação foi encaminhada para a 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, por meio da 2ª Promotoria de Justiça.
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