Senado aprova texto-base para adiamento do Enem
Weintraub, até então irredutível, agora admite adiamento das provas.
O Senado aprovou nesta terça-feira (19) o texto-base do projeto que pede o adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de maneira automática. Não foram definidas novas datas para as provas.
De acordo com o calendário do Enem, as provas que dão acesso aos cursos de graduação seriam realizadas nos dias 1º e 8 de novembro, e nos dias 22 e 29 por via digital.
O filho do presidente, Flávio Bolsonaro, foi o único senador que votou contra o projeto, em votação que teve aprovação de 75 votos a 1.
Para confirmar o adiamento do Enem, o texto ainda precisa ser analisado pela Câmara dos Deputados, e em seguida ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o projeto, que foi apresentado pela senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), o adiamento dos exames teria como justificativa o cenário de calamidade pública em meio à pandemia do novo coronavírus.
Weintraub agora admite adiamento
Só agora, depois de o Senado aprovar o texto-base sobre a conveniência de se adiar o Enem 2020, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, veio a público para admitir esta possibilidade. Em sua conta no Twitter, derrotado, Weintraub sugere o adiamento "por um prazo entre 30 e 60 dias", medida que ele havia recusado em reunião com os senadores em 5 de maio. “Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame”, completou.
Segundo publicou o blog da Cidadania, em 10 de abril, assessores próximos a Weintraub afirmaram que a decisão do ministro, até então irremovível, seria um endosso à posição do presidente de mexer o mínimo possível no que já estava programado antes da pandemia e, também, uma forma de Bolsonaro pressionar os governadores a abrandar as medidas a favor do isolamento.
Com Sputnik Brasil
Comentarios