Senador do dinheiro nas nádegas amplia licença estratégica
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Senador do dinheiro nas nádegas amplia licença estratégica


Bolsonaro e Chico Rodrigues: "É quase uma união estável" (Reprodução)

Pouco depois de ter anunciado que tiraria licença de 90 dias do Senado, Chico Rodrigues (DEM-RR) ampliou estrategicamente o pedido de afastamento para 121 dias, o que pode levar seu filho, que é seu suplente, a assumir o mandato.

Mais cedo, o advogado do parlamentar tinha informado que Rodrigues tiraria licença de 90 dias.

Com o aumento do prazo de afastamento, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu os efeitos da decisão que determinou o afastamento do senador do mandato. Para Barroso, "não mais se torna necessária a submissão imediata da matéria ao plenário". O presidente do STF, Luiz Fux, anunciou sua retirada de pauta.

Na semana passada, a Polícia Federal pediu a prisão do parlamentar, o que foi negado pelo ministro Luís Roberto Barroso, que determinou apenas que Rodrigues fosse afastado por 90 dias. Senadores criticaram a decisão.

Flagrado em casa com R$ 33 mil escondidos nas nádegas, o senador era vice-líder do governo Bolsonaro no Senado e foi retirado do posto após ser alvo da operação da Polícia Federal, que investiga suspeitas de superfaturamento em emendas parlamentares destinadas ao combate à pandemia em Roraima. A PF acredita que o dinheiro encontrado com o senador tenha essa origem criminosa.

Após o flagrante, partidos políticos protocolaram uma representação no Conselho de Ética no Senado para iniciar um processo de cassação do mandato de Chico Rodrigues.

Estratégia

O pedido de "licença" é uma estratégia do senador e de aliados, numa tentativa de salvar o mandato. O presidente da Casa, Davi Alcolumbre, do mesmo partido de Rodrigues, é um deles. Outro é o presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos, também do DEM, que sugeriu que ele se licenciasse por 121 dias.

De acordo com o blog da jornalista Andréia Sadi, no G1, Rodrigues ouviu de políticos aliados que o Supremo Tribunal Federal (STF) normalmente iria ratificar nesta quarta-feira a decisão do ministro Luis Roberto Barroso. E, após essa decisão, "ficaria difícil" para Alcolumbre comprar a briga com o STF e colocar em votação a análise da decisão do plenário da Suprema Corte.

Esse pedido de afastamento poderá livrá-lo de ser submetido ao plenário do Senado, ao mesmo tempo que poderá poupá-lo do julgamento do Conselho de Ética, pelo menos por ora, já que a fila de processos é grande.

'União estável'

Vídeo gravado no tempo em que eram deputados federais confirma a grande proximidade longínqua de Chico Rodrigues e o presidente Jair Bolsonaro: "Eu quero aqui agradecer ao meu amigo Jair Bolsonaro por 20 anos de Câmara dos Deputados." E o presidente responde: "É quase uma união estável, Chico! (risos)".

O senador é também um dos que mais tiveram emendas parlamentares liberadas pelo governo Bolsonaro este ano. Essas transferências são usadas como moeda de troca para o governo conseguir apoio no Congresso. Chico recebeu R$ 15,6 milhões para turbinar seus redutos eleitorais. As emendas são também uma das maiores fontes de desvios de recursos públicos utilizadas por políticos corruptos conforme identificou a operação Lava Jato.

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