Siro Darlan pede impeachment de Landim por crime eleitoral
Sócio benemérito do Flamengo e do grupo Fla Tradição & Juventude, o desembargador Siro Darlan de Oliveira entrou com uma representação junto aos Poderes do clube, pedindo o impeachment do presidente Rodolfo Landim e a destituição da diretora de Responsabilidade Social do clube, Ângela Machado. Siro acusa Landim de favorecimento de "um candidato à Presidência da República em detrimento do concorrente". Sobre Ângela, que é casada com Landim, Darlan denuncia que ela teria cometido ato de xenofobia, preconceito e insulto ao povo nordestino, ao publicar em rede social ataques aos eleitores do Nordeste após a votação expressiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região nas eleições.
Após a proclamação da vitória de Lula no último domingo, um dia depois da conquista do tricampeonato da Taça Libertadores, a diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, que é bolsonarista, escreveu no Instagram: “Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome.”
Siro considera a mensagem ofensiva ao povo nordestino e, sobretudo, a milhões de aficcionados do Flamengo que vivem nesta região do país.
Segundo o desembargador, o artigo 3º do estatuto do Flamengo "veda expressamente qualquer tipo de discriminação por motivo de raça, sexo, cor, idade, crença religiosa, convicção filosófica ou política e condição social”.
“Trata-se de fato ofensivo a parte expressiva de nossa torcida, a nordestina, nosso maior patrimônio humano e social. Uma Diretora de Responsabilidade Social praticar tal ato discriminatório é da maior gravidade e exige uma reparação ao povo nordestino não apenas com sua retratação, mas com sua exclusão do quadro social do Clube.”
Na representação entregue aos Poderes do clube, Siro Darlan denuncia Rodolfo Landim afirmando que o presidente do Flamengo cometeu crime eleitoral ao permitir que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fosse ao aeroporto receber jogadores após a conquista do título da Libertadores.
Darlan também acusa Landim de ter feito propaganda, favorecendo um candidato à Presidência da República em detrimento do concorrente, ao posar para fotos com Bolsonaro ao lado dos jogadores.
"Os fatos demonstram que mesmo assumindo compromissos, o presidente do Flamengo e sua direção promoveu um verdadeiro comício eleitoral com um único candidato, que se utilizou das glórias do Flamengo para fazer propaganda eleitoral no dia do pleito. É crime eleitoral a divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos no dia da eleição."
"E agora o comportamento anti-social dessa diretora, enche-nos de vergonha porque envolvem o nome do Clube de Regatas do Flamengo em noticiário que em nada favorece a educação de crianças e adolescentes e mancha com o preconceito a imagem do Flamengo", disse Darlan.
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