Sob protestos de Marina, Marinha planeja afundar porta-aviões
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Sob protestos de Marina, Marinha planeja afundar porta-aviões


O indesejado porta-aviões São Paulo (Reprodução)

A saga do porta-aviões São Paulo, o maior do Brasil, ainda não acabou, uma vez que a embarcação de 266 metros de comprimento e 32,8 mil toneladas está à deriva no mar há quatro meses desde que foi barrado pela Turquia, por questões ambientais, para chegar ao país.


Na semana passada, a Marinha do Brasil informou que assumiu o controle da embarcação, e agora, mesmo sob protestos da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pretende afundar o casco do porta-aviões no mar brasileiro, de acordo com a Folha de São Paulo.


A técnica utilizada seria o afundamento controlado, realizado por uma série de explosões para abrir rasgos no casco, o que levaria ao oceano também a receber o amianto em suas águas.


O amianto é uma fibra natural que, apesar das várias aplicações industriais, é bastante prejudicial à saúde humana e teve seu uso banido em diversos países.


Essa foi a principal preocupação da Turquia em receber o porta-aviões, visto que, mesmo com a declaração da Marinha de que na década de 1990, 55 toneladas de amianto foram retiradas da embarcação, o produto ainda está presente nas paredes do porta-aviões em um total de 9,6 toneladas.


No dia 13 de janeiro, quando foi submetido a uma inspeção técnica, o porta-aviões navegava, sob reboque a 20 milhas náuticas do Porto de Suape, em Pernambuco, mas ficou vagando entre portos porque nenhum o queria receber pela ameaça ambiental.


Entretanto, a investigação constatou um novo rasgo na embarcação, aumento do nível de alagamento e corrosão em comparação à vistoria realizada quatro meses antes, relata a mídia.


"Pode ser constatado o aumento crítico da degradação da segurança do casco, quer seja pela perda das condições de flutuabilidade, quer seja pela perda irreversível da estabilidade mínima em avaria para navegação em mar aberto, além do aumento da extensão da avaria do casco", alertou a inspeção.


Entretanto, a proposta de afundamento fez as discussões sobre o porta-aviões chegarem ao primeiro escalão do governo. A pessoas próximas, Marina Silva tem manifestado preocupação com os danos ambientais.


De acordo com a mídia, Marina chegou a procurar o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para expor essa preocupação, mas a decisão cabe, exclusivamente, à Marinha. E o governo não estaria disposto a abrir um novo foco de tensão com as Forças Armadas em meio às investigações dos responsáveis pelas invasões das sedes dos três Poderes, ocorridas no dia 8 de janeiro.


Há pressa para resolver a questão uma vez que de agosto de 2022 até agora, houve entrada de 2.787 litros de água. O limite para navegação em segurança é de 3.530,7 litros.


"É possível afirmar que se pode garantir a segurança da navegação até que se chegue ao limite ora estabelecido de embarque de mais 743 m³ de água, prevista para acontecer, nas melhores hipóteses, em, no máximo, quatro semanas", adverte.


O porta-aviões foi vendido pela Marinha ao estaleiro turco Sök Denizcilik and Ticaret Limited, especializado em desmanche de navios, em um leilão em outubro de 2021. O veículo deixou o Brasil no dia 4 de agosto, em viagem que gerou protestos pelo mundo, pela Justiça brasileira e foi monitorado em tempo real pelo Greenpeace.


Com a pressão internacional sobre os riscos ambientais da embarcação, com o porta-aviões tendo sido barrado pelo governo britânico quando passava pelo estreito de Gibraltar, o estaleiro turco abandonou a embarcação, e o governo brasileiro planeja entrar na Justiça contra o estaleiro, alegando inclusive danos à imagem do Brasil no exterior.


Fonte: Agência Sputnik

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