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STF anula decisões da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht


O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta terça-feira (21) todas as decisões da 13ª Vara Federal de Curitiba no âmbito da Operação Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht (foto). O magistrado também determinou o trancamento de todos os procedimentos penais contra o empresário.


Segundo Toffoli, a anulação é justificada porque houve conluio entre magistrados e procuradores da República que integravam a operação. O ministro apontou problemas como arbitrariedades na condução do processo contra a Odebrecht, o desrespeito ao devido processo legal, parcialidade e ações fora da esfera de competência.


“Diante do conteúdo dos frequentes diálogos entre magistrado e procurador especificamente sobre o requerente, bem como sobre as empresas que ele presidia, fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático”, destacou Toffoli na decisão.


Apesar da anulação, o STF informou que o acordo de delação premiada firmado pelo empreiteiro durante a Lava Jato continua valendo.


De acordo com Toffoli, a Operação Spoofing, que revelou o conteúdo de mensagens trocadas entre integrantes da Lava Jato, constatou condutas ilegais como a ameaça dirigida aos parentes do empresário, a necessidade de desistência do direito de defesa como condição para obter a liberdade e pressões sobre o advogado.


Na decisão, o ministro destacou que recente relatório do corregedor-nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, revelou a gestão “absolutamente caótica” dos recursos da Operação Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba.


A decisão atendeu a um pedido da defesa de Marcelo Odebrecht. Os advogados alegaram que o caso do empresário era semelhante ao de outros réus da Lava Jato que tiveram os processos anulados por irregularidades na condução das investigações.


STF extingue ação contra Dirceu

Também nesta terça, a Segunda Turma do Supremo reconheceu a prescrição de uma das condenações do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu na Operação Lava Jato. A maioria dos ministros entendeu que a condenação de Dirceu, por corrupção passiva, a oito anos e dez meses de prisão prescreveu e ele não pode ser mais punido pelo crime. José Dirceu foi condenado no processo que apurou irregularidades entre contratos da Petrobras e a empresa Apolo Tubulars.


No julgamento, que começou em março de 2023, o relator Luiz Edson Fachin votou pela manutenção da condenação. Já o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandovski, que atualmente chefia o Ministério da Justiça e Segurança Pública, votou pela prescrição da pena, já que a aceitação da denúncia teria ocorrido fora da data da aceitação.


Na tarde desta terça-feira, os ministros Kassio Nunes Marques e Gilmar Mendes acompanharam Lewandovski e garantiram a maioria de três votos pela extinção da pena.


Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, Dirceu afirmou que seria justo voltar à Câmara dos Deputados: "Fui cassado por razões políticas e sem provas. Sofri processos kafkianos. Seria justo voltar à Câmara".


Dirceu disse que decidirá sobre sua candidatura no próximo ano, pois atualmente está concentrado em ajudar a eleger candidatos nas eleições municipais deste ano e na renovação do PT. "Não é uma questão de vontade pessoal", disse o ex-ministro.


Com a Agência Brasil

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