Suposto chefe de milícia é baleado pela polícia civil no Rio
Um suposto chefe de milícia no Rio de Janeiro foi baleado durante ação policial, nesta quinta-feira (26), na Zona Oeste do Rio. Marcelo de Luna Silva, de 34 anos, popularmente conhecido como Bokinha, seria, segundo informações da polícia, um dos homens de confiança de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, chefe da maior milícia que atua no estado.
Segundo informou o G1, policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) entraram em confronto com Bokinha e mais um miliciano que seria seu segurança. Os dois foram baleados.
Bokinha foi socorrido para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, onde está internado. A unidade de saúde informou que o estado de saúde do paciente é estável.
Cenas de terror na Zona Oeste
A Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro viveu verdadeiras cenas de terror na última segunda-feira (23). A morte do sobrinho de um miliciano resultou na queima de ao menos 35 ônibus e 1 trem, entre outros tipos de danos. Com o recorde de ônibus incendiados em um dia, o prejuízo financeiro, só com os veículos, ultrapassou os R$ 35 milhões.
Durante um balanço realizado nessa terça-feira (24), um dia após o ocorrido, o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, sinalizou que, no momento, uma intervenção federal não está na pauta da pasta. "Neste momento apostamos no SUSP [Sistema Único de Segurança Pública]. Apostamos no fortalecimento das relações interfederativas. Cada estado tem o seu papel. O policiamento ostensivo é responsabilidade do estado."
Ao analisar os ataques criminosos, Cappelli classificou de "muito grave" a situação no município.
''Situação muito grave, facções criminosas desafiando o Estado Democrático de Direito, paralisando uma parte da cidade, colocando fogo no transporte público. É uma clara ameaça à autoridade do Estado, uma situação inaceitável'', disse Cappelli.
Segundo Cappelli, ainda é cedo para reformular o planejamento feito para a atuação de forças federais no estado.
"A gente está completando uma semana do início do nosso reforço no Rio de Janeiro, então é cedo para rever um planejamento que ainda está em curso. A gente vai fazer a primeira reunião de monitoramento. Esta semana acabam de chegar os homens da Polícia Federal, com tecnologia e equipamentos. Está cedo ainda. Não tem uma semana. Claro que o que aconteceu ontem é gravíssimo, e isso a gente leva em conta no planejamento que está construindo e que vai avaliar hoje", frisou.
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