Telegraph: Lula diz que Bolsonaro não tem força para dar golpe
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Telegraph: Lula diz que Bolsonaro não tem força para dar golpe


(Foto: Ricardo Stuckert)

Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, divulgada neste sábado (15), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que Jair Bolsonaro (PL) não tem forças para dar um golpe ou mesmo atrapalhar as eleições, caso ele vença o pleito em outubro, confirmando as projeções das pesquisas - de acordo com o último levantamento Ipespe, Lula segue na liderança com 20 pontos percentuais de vantagem sobre Bolsonaro.

“Acredito que Bolsonaro não tem força política para articular um golpe de estado, ou mesmo para atrapalhar as eleições. Ele continuará falando para uma parcela minoritária da população brasileira enquanto a grande maioria do povo rejeita seu autoritarismo e seu governo desastroso”, disse, emendando: “A maioria, hoje, quer Bolsonaro longe da presidência. Ele terá que respeitar os resultados das eleições.”

O jornal britânico disse que o petista “é o claro favorito para vencer as eleições e voltar ao poder” e classificou Lula como ex-engraxate.

“O ex-engraxate, que saiu de uma família pobre para se tornar o presidente mais popular do Brasil, está planejando seu retorno desde sua absolvição no ano passado“, disse o jornal.

De acordo com Lula, só faz sentido ele ser presidente pela terceira vez se for para fazer mais do que já fez, e disse que a tarefa do próximo presidente será promover a reconstrução do país.

“Só faz sentido ser presidente novamente para fazer mais do que já fiz. Quem assumir a presidência depois de Bolsonaro terá a tarefa de promover a reconstrução do Brasil, conversar com toda a sociedade e trabalhar junto com ela para colocar o país de volta nos trilhos do crescimento econômico e da justiça social”, disse Lula.

Lula disse que, caso seja eleito, colocará o meio ambiente como foco de sua gestão, e voltou a repetir o que disse a lideranças políticas durante seu giro pela Europa no final do ano passado: “o mundo precisa de um novo modelo de governança global“.

Sobre política externa, o ex-presidente destacou que pretende promover alianças mais fortes entre os países latino-americanos que possam desafiar a ortodoxia EUA x China.

“Esta união reforçará nossa soberania e nossas posições em um mundo que não pode ficar em meio a uma nova Guerra Fria entre os Estados Unidos e a China. Queremos um mundo multipolar, onde haja mais cooperação entre os países e menos conflitos”, afirmou.

Instigado a falar sobre o governo Boris Johnson, pressionado após divulgação de festas na residência oficial durante a pandemia e denúncias de corrupção, Lula fez um alerta.

“Os partidos políticos são grupos que defendem ideias, que disputam eleições. Se algum membro desse partido fez algo errado, ele tem que ser punido dentro da lei, mas não se pode confundir os erros de um indivíduo com uma organização coletiva de milhares ou milhões de pessoas, porque isso acaba demonizando a política”, afirmou Lula, que completou lembrando a ascensão do nazismo sob o comando de Adolph Hitler: “A história ensina, seja na Alemanha dos anos 1930 ou no Brasil nos últimos anos: quando a política é negada, o que vem depois é sempre pior.“

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