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Temer só pode ir a Beirute com autorização judicial


O ex-presidente Michel Temer, convidado pelo presidente Jair Bolsonaro para chefiar uma missão de ajuda ao Líbano, não pode deixar o Brasil sem autorização judicial.

O ex-presidente é acusado de corrupção passiva e outros crimes no âmbito da Operação Lava-Jato. Temer foi preso preventivamente duas vezes, em março e maio de 2019, mas foi libertado depois da troca de prisão preventiva por medidas cautelares. Entre essas está a proibição de deixar o país sem autorização judicial.

Apesar disso, Temer conseguiu autorização da Justiça em duas ocasiões para viajar para o exterior e palestrar no Reino Unido e na Espanha, informou O Globo.

Para liderar a missão de ajuda ao Líbano, o ex-presidente, que é descendente de libaneses, comunicou à Justiça a intenção de viajar e aguarda a autorização.

Na terça-feira (4), uma forte explosão destruiu a região portuária de Beirute, capital libanesa, deixando mais de 150 mortos e pelo menos seis mil pessoas feridas, além de outros milhares de desalojados. O Brasil participou de uma reunião com líderes internacionais neste domingo (9) e anunciou o envio de ajuda técnica e humanitária para o país, que, além da explosão, também foi sacudido por uma grande manifestação popular contra o governo que terminou com um policial morto e mais de 100 pessoas feridas na Praça da Paz, em Beirute, no último sábado (8).

Primeiro-ministro renuncia

O primeiro-ministro do Líbano, Hassan Diab, anunciou nesta segunda-feira (10) a renúncia de seu governo, após os protestos públicos explosivos contra os líderes do país.

Em pronunciamento na televisão, Diab afirmou que a detonação de material altamente explosivo que estava armazenado no porto da capital por sete anos foi "resultado de corrupção endêmica".

“Hoje seguimos a vontade do povo em sua demanda ao apontar os responsáveis pelo desastre que esteve oculto por sete anos, e seu desejo de uma mudança real”, disse ele. “Diante desta realidade anuncio hoje a renúncia deste governo.”

O gabinete estava sob pressão para renunciar depois da explosão da semana passada que matou 163 pessoas, feriu cerca de 6 mil e deixou cerca de 300 mil sem moradias habitáveis. Vários ministros já haviam renunciado no fim de semana.

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