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Temporal no Rio Grande: 29 mortos e 14,5 mil pessoas desabrigadas


Desde a última segunda-feira, o Rio Grande do Sul enfrenta série de temporais que têm devastado regiões inteiras do estado. De acordo com informações da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Brigada Militar (BM), são 29 mortes confirmadas.


Além de tais vítimas, há ainda ao menos 60 pessoas desaparecidas. Os estragos causados pelos temporais afetaram diretamente 147 cidades, com inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra, especialmente nas regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.


Além disso, aproximadamente 67,8 mil pessoas foram afetadas pelos efeitos do mau tempo. Dentre esses, 14,5 mil estão desabrigadas, sendo 4.599 alojadas em abrigos e 9.993 desalojadas, buscando refúgio na casa de familiares ou amigos.


(Foto: Mauricio Tonetto/Secom-RS)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) segue emitindo alertas vermelhos para parte do Rio Grande do Sul até às 15h00 desta quinta-feira (2), prevendo chuvas intensas, queda de granizo, ventos fortes e descargas elétricas.


Visita do presidente Lula

Após reunião com o governador Eduardo Leite (PSDB) e uma equipe de ministros de Estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não faltará recurso para atender às necessidades do estado e determinou a instalação de uma base do governo federal para centralização das informações e coordenação das ações.

Lula está em Santa Maria (RS), um dos 154 municípios afetados e um dos mais castigados até o momento. Estava previsto um sobrevoo nas áreas afetadas, cancelado pelo mau tempo.


"Não faltará ajuda para cuidar da saúde, do transporte, dos alimentos, tudo que tiver no alcance do governo federal, seja através dos ministérios, da sociedade civil, militares, vamos dedicar 24h de esforço para atender às necessidades básicas do povo isolado por causa da chuva", afirmou Lula em coletiva.


O presidente ainda disse que estará torcendo para que as chuvas no estado cessem. "Como ser humano, eu vou rezar, e rezar muito, para que a chuva possa parar, para que as pessoas possam voltar para suas casas, para que as pessoas possam se reencontrar e viver suas vidas tranquilamente e em harmonia com a família. Como governante, vou fazer o que estiver ao alcance do governo federal e suas instituições para que a gente possa dar ao Rio Grande do Sul e ao povo gaúcho tranquilidade, para que a gente possa viver com muito respeito cuidando da nossa família".


Lula disse, ainda, que enfrentou muitas enchentes, mas nunca da magnitude registrada no estado gaúcho.


“Eu nunca vivi isso, mas eu tenho noção do que é o desespero dos seres humanos perdendo parentes, perdendo casa, perdendo a produção. Eu já tive muitas enchentes na minha vida, mas nunca dessa magnitude. Eu já morei em bairro que entrava 1,5 metro de água em casa. A gente perdeu tudo, e muitas vezes a prefeitura dava um colchão de capim para a gente dormir até a gente arrumar dinheiro para comprar outro colchão. Diga para o seu povo [prefeito] que o governo federal, o governo estadual, e com todo o esforço que a gente puder fazer, a gente vai estar junto para minimizar o sofrimento de cada família. O que nós queremos é não medir esforços para que a gente possa garantir que as pessoas voltem a viver dignamente, a trabalhar dignamente, a reconstruir suas casas”, afirmou.


“De preferência, não deixe as pessoas construírem casas onde tem problema de enchente. Se puder, a prefeitura facilite um terreno para a pessoa construir casa. O ministro das Cidades, depois que tiver um levantamento feito, espero que ache uma reunião com todos os prefeitos atingidos para a gente saber os prejuízos de cada cidade, para a gente saber quantas casas tem que fazer, e tomar cuidado para as casas não serem feitas no mesmo lugar. Então, prefeito, diga para o seu povo: olha, a gente vai ter parceria para cuidar de vocês. Nós não estamos sozinhos”, completou.


Em pronunciamento, o governador Eduardo Leite havia classificado o temporal como "o maior desastre do estado", comparando-o com tragédias anteriores que deixaram dezenas de vítimas em 2023.


Diante da gravidade da situação, o estado gaúcho decretou estado de calamidade pública devido aos "eventos climáticos de chuvas intensas", conforme publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado na quarta-feira.


A Defesa Civil do estado emitiu um novo alerta pedindo para que moradores das cidades serranas, como Gramado e Canela, que estejam próximos ao rio Caí deixem suas casas e busquem abrigos públicos ou locais alternativos por risco de enchente.


Barragem entra em colapso

A barragem 14 de de Julho colapsou nesta quinta-feira (2), segundo alertou o prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi, que pediu à população que evacuem o local o mais rápido possível.


"A informação que a gente precisa passar para todos os moradores que vivem as margens do rio da Antas e do rio Taquari é que saiam o mais rápido o possível do local", afirmou Segabinazzi, em redes sociais.


A usina hidrelétrica 14 de Julho, localizada próxima aos municípios de Cotiporã, Bento Gonçalves e Santa Bárbara foi inaugurada em 2004 e providencia energia para a região.


O alerta de seu rompimento foi dado pela sua operadora Companhia Energética Rio das Antas (Cenran). "A Ceran (Companhia Energética Rio das Antas) informa que detectou às 13h40, do dia 2 de maio, o rompimento parcial do trecho direito da barragem da Usina 14 de Julho", disse a companhia em nota oficial.


"As barragens de Monte Claro e Castro Alves encontram-se em estado de Atenção e seguem sendo monitoradas", afirmou a Ceran.


Com a Sputnik Brasil

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