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Tendência global na economia: desdolarização em alta

Um terço dos Estados-membros da ONU já optou pela desdolarização e decidiu confiar nas moedas nacionais para realizar pagamentos, segundo análise realizada pela Agência Sputnik. De acordo com o estudo, os apelos mais decisivos para eliminar o dólar e substituí-lo por moedas nacionais vieram de políticos cujos países são membros de grandes organizações regionais, como a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e o BRICS — originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, mas foi expandido para incluir uma série de outras nações em 1º de janeiro.

A desdolarização é o processo de redução da hegemonia do dólar americano no comércio global e nas operações financeiras, através da mudança para métodos de câmbio alternativos, como moedas nacionais e sistemas de pagamentos nacionais, bem como da transferência de reservas cambiais.


No levantamento foram analisadas declarações feitas por funcionários de 193 países da ONU nos meios de comunicação internacionais e russos, mostrando que representantes de pelo menos 68 países da ONU apoiaram abertamente o processo de desdolarização ou declararam que estavam tomando medidas nesse sentido.


Por sua vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs repetidamente a criação de uma moeda alternativa ao dólar para pagamentos dentro do BRICS. A opinião foi partilhada pelo ministro da Economia sul-africano, Enoch Godongwana, que apelou ao aumento dos empréstimos em moedas nacionais.


O ministro acabou sendo apoiado pelo presidente queniano, William Ruto, que instou os líderes locais a darem os primeiros passos no sentido do abandono do dólar e, em vez disso, a efetuarem transações através do sistema de pagamentos pan-africano.


A investigação da Sputnik indicou que muitos países já perceberam o fato de que o dólar representa uma ameaça não só como meio de pagamento, mas também como instrumento de poupança, pelo que o conceito de desdolarização deve ser considerado de forma mais ampla.


Israel, por exemplo, anunciou anteriormente que reduziria a participação do dólar nas reservas cambiais do país a favor do yuan. Alguns países estão fazendo esforços mais direcionados para reduzir a dependência da sua população em moedas estrangeiras, incluindo o Vietnã, que proibiu depósitos de longo prazo em moeda estrangeira.


Maksim Osadchy, chefe do departamento analítico do Banco BKF, com sede em Moscou, disse que a desdolarização é uma das consequências da crescente fragmentação da economia global e da transição para um mundo multipolar.


"A desdolarização se intensificou devido às sanções antirrussas que mostraram claramente os riscos da dependência da economia nacional da moeda norte-americana. A desdolarização reduz a procura pelo dólar e, como resultado, contribui para a sua desvalorização", apontou Osadchy.


A fala de Osadchy reforça a declaração do ministro da Integração e Macroeconomia da Comissão Econômica da Eurásia da Rússia, Sergei Glaziev, de como a gama potencialmente ilimitada de cooperação entre a União Econômica da Eurásia (EEU, na sigla em inglês) e a ASEAN aspira atingir novos níveis, e é especialmente importante acelerar a transição para moedas nacionais.


"Isto é um imperativo para nós; já não podemos negociar em moedas ocidentais. Mas leva tempo para os nossos parceiros apreciarem plenamente os benefícios e a importância de uma transição para as moedas nacionais", sublinhou o ministro.


O dólar sofreu uma queda de 2,7% diante de outras importantes moedas globais durante 2023, o ano com pior desempenho do dólar desde a recessão econômica global associada à pandemia de COVID-19 em 2020.


Fonte: Sputnik Brasil

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