Teroni diz em nota não contratar "segurança clandestina"
- Da Redação
- 1 de jun. de 2023
- 3 min de leitura
A Teroni, responsável pela administração do Terminal Rodoviário João Goulart, enviou ao TODA PALAVRA uma "nota de esclarecimento" para contestar, entre outros pontos, declarações do presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região, Cláudio José de Oliveira, acusando a empresa de contratar "segurança clandestina", condição em que estariam trabalhando os funcionários que agrediram dois jornaleiros no dia 20/05 no interior da estação, conforme vídeo publicado pelo jornal.

Os dois agressores, segundo a empresa, seriam "orientadores" regularmente contratados e foram demitidos após as denúncias. A Teroni também contesta o fato de ter recebido prazo para fazer a contratação de uma empresa de segurança especializada, mas reconhece que o fará, sendo esta uma das exigências feitas pelo sindicato ao fiscalizar a empresa no dia 26/05. A nota também aponta uma inconsistência na matéria publicada pelo TODA PALAVRA no mesmo dia, onde o gerente administrativo da empresa, Anibal Borino, foi equivocamente apresentado como "sócio" (NR: o erro foi retificado imediatamente na matéria que está online, assim que o jornal foi alertado pela assessoria de imprensa da Teroni).
Leia a íntegra da nota da Teroni:
"A TERONI, empresa que administra o Terminal Rodoviário Presidente João Goulart, em Niterói, esclarece aspectos sobre matéria publicada pelo site/rádio Toda Palavra em 28 de maio (https://www.todapalavra.info/single-post/sindicato-dos-vigilantes-fiscaliza-o-terminal-joão-goulart).
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Niterói e Região estava acompanhado de cinco e não de dois sindicalistas em reunião na TERONI;
Anibal Bonorino é Gerente Administrativo e não “ um dos sócios” da TERONI”, como diz a matéria mencionada. O cargo consta claramente no cartão de visita entregue ao Sr. José Claudio, dirigente sindical recebido na administração do Terminal;
Anibal Bonorino afirma que assegurou aos sindicalistas que a TERONI contratará empresa de segurança legalizada e não que recebeu prazo para contratar esse tipo de empresa;
O dirigente sindical mencionou “ segurança clandestina” no Terminal. Entendemos que “clandestino” é “fora da legalidade, ilegítimo, feito às escondidas”. Os orientadores da TERONI que trabalham no Terminal não se enquadram nessa classificação, pois não são terceirizados, mas funcionários registrados como Auxiliares Operacionais, filiados ao SINTACLUNS, sindicado ao qual recolhem de espontânea vontade: mensalidade, contribuição confederativa e assistência médica. São beneficiados, quando devido, pelas vantagens do Benefício Social Familiar ao qual o Sindicado é ligado. Seus salários, aumentos, vales refeição, etc são os estabelecidos pelas convenções anuais da citada associação;
A TERONI manifesta novamente sua responsabilidade com o treinamento adequado de seus funcionários, e seu compromisso com o cuidado e bem-estar de trabalhadores e passageiros no Terminal."
No sábado, 20/05, os jornaleiros Assis Augusto da Silva Neto e Marcelo dos Santos Paulista Filho, de 18 e 21 anos, respectivamente, entraram de bicicleta no interior do terminal para fazerem um lanche, depois de encerrarem o trabalho em uma banca de jornal da Rua Visconde do Rio Branco. Os seguranças que os agrediram foram identificados no boletim de ocorrência policial, registrado segunda-feira, 22/05, como Rômulo Costa e Mauro Júnior Muniz Bahiense.
Os funcionários da Teroni mandaram que eles parassem de circular de bicicleta no interior da estação. Segundo os jovens, a ordem foi imediatamente acatada, mas, mesmo assim, os seguranças iniciaram uma sessão de agressões com tapas, socos e chutes, conforme registrado no vídeo. Eles também arremessaram as bicicletas contra os jornaleiros, causando danos nos veículos e nos aparelhos celulares dos rapazes.
Procurado pelo TODA PALAVRA na quarta-feira, 24/05, o superintendente da SUTEM (Superintendência do Terminal Rodoviário e dos Estacionamentos das Praias da Região Oceânica), responsável pela fiscalização do João Goulart, Dejorge Patrício, informou que os dois seguranças foram demitidos pela Teroni na segunda-feira, após ofício enviado pelo órgão fiscalizador, cobrando providências da empresa.
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