Trump ataca protestos e ameaça usar força militar
Atualizado: 2 de jun. de 2020

Nesta terça-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Dondald Trump, realizou um pronunciamento e ameaçou enviar militares às ruas do país para conter os protestos contra o racismo. Trump afirmou que as ruas dos EUA foram tomadas por "anarquistas profissionais", criticando duramente as manifestações, o que, segundo especialistas, poderá acirrar ainda mais os protestos antirraciais.
"Nossa nação foi dominada por anarquistas profissionais, multidões violentas, incendiários, saqueadores, criminosos, manifestantes, Antifa e outros", disse Trump no jardim da Casa Branca, ao mesmo tempo em que protestos ocorriam nos arredores.
Assim como já havia afirmado em sua conta no twitter, o presidente classificou as manifestações como atos de terrorismo
"Estes não são atos de protesto pacífico, são atos de terror", disse Trump. "Não podemos permitir que os gritos justos e os manifestantes pacíficos sejam abafados por uma multidão enfurecida", acrescentou.
O presidente ameaçou ainda enviar os militares às ruas para resolver o problema "rapidamente".
"Se uma cidade ou estado se recusar a tomar ações necessárias para defender a vida e a propriedade de seus residentes, então eu enviarei as Forças Armadas rapidamente e rapidamente o resolverei o problema para eles", disse Trump.

Toque de recolher em Nova York
A cidade de Nova York adotará toque de recolher a partir das 23h (meia noite no horário de Brasília) desta segunda-feira (1º) e aumentará a presença da polícia nas ruas após diversas noites de protestos contra o racismo na cidade, disse o prefeito Bill de Blasio através de sua conta no Twiter.
O prefeito nova-iorquino justificou a medida afirmando que houve registros de violência e danos materiais ao longo da noite anterior, especificamente nas regiões de Lower Manhattan e Downtown Brooklyn. O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, afirmou também que polícia de Nova York dobrará sua presença na cidade.
Os protestos nos Estados Unidos começaram pacificamente na semana passada após o assassinato, segunda-feira (25), de George Floyd, um homem negro desarmado que foi imobilizado e asfixiado asfixiado por policial em Minneapolis, no estado norte-americano de Minnesota.