Trump quer deportar estudantes que participaram de atos anti-Israel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve assinar nesta quarta-feira (29) um novo decreto para incluir a deportação de estudantes estrangeiros que participaram de protestos pró-Palestina no ano passado em universidades estadunidenses. Citado pelo Globo, a ordem presidencial, segundo informações divulgadas pela Bloomberg e pelo New York Post, prevê a deportação de manifestantes com visto regular que tenham se envolvido em atos contra o massacre promovido pelo país aliado contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Além de destruir praticamente toda a infraestrutura do enclave, o conflito contra o Hamas deixou mais de 46 mil mortos.
Trump prometeu cancelar os vistos de estudante considerados "simpatizantes do Hamas em campi universitários".
O documento também determina que o Departamento de Justiça atue para “reprimir o vandalismo e intimidação pró-Hamas” e investigue incidentes classificados como racismo antijudaico em universidades. A decisão faz parte de um pacote de medidas que miram diretamente o setor educacional, cumprindo promessas de campanha de Trump de endurecer o controle sobre o que ele classifica como “doutrinação da extrema esquerda” nos campi.
Numerosos protestos pró-Palestina foram registrados em centros universitários em todo os Estados Unidos ao longo de 2024. Na época, os manifestantes pediam o fim do apoio militar, financeiro e diplomático dos EUA às operações militares de Israel na Faixa de Gaza, lançadas em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro.
Os estudantes também pediram que as universidades condenassem a campanha militar de Israel em Gaza, além de acabar com investimentos em empresas ligadas a Israel e programas de estudo no exterior em universidades do país.
Trump prometeu, durante a campanha eleitoral, uma operação de deportação em massa de imigrantes. Após assumir o cargo, em 20 de janeiro, Trump decretou emergência nacional na fronteira sul com o México e ordenou enviar milhares de tropas para apoiar as autoridades de imigração na segurança da fronteira.
Além disso, determinou a deportação imediata de todos os imigrantes que ingressassem ilegalmente no país pela fronteira sul.
Com a Sputnik Brasil
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