UFF faz projeto nacional de turismo para o pós-pandemia
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UFF faz projeto nacional de turismo para o pós-pandemia


O turismo rural desponta como um dos setores mais relevantes no contexto do pós-pandemia, impulsionado pelas preferências dos consumidores por viagens de curta distância e atividades ao ar livre, de acordo com dados do Ministério do Turismo (MTur). Em 2020, esse foi o segmento turístico considerado prioritário pela Organização Mundial do Turismo (OMT). Com foco nessa realidade, a Universidade Federal Fluminense (UFF), o Ministério do Turismo e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estão trabalhando em parceria no projeto “Experiências do Brasil Rural”, que tem como objetivo fomentar e apoiar o fortalecimento do turismo em áreas rurais do país.

A UFF é a responsável por todo o desenvolvimento e execução do projeto. Para sua implementação, prevista no âmbito do Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre os dois ministérios, o MTur liberou à universidade a verba de R$ 1.2 milhão.

De acordo com o reitor Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega, este é mais um projeto de integração da comunidade acadêmica com as necessidades da população brasileira, ou seja, é a UFF aplicando conhecimento científico para o desenvolvimento social e econômico do país.

O coordenador do “Experiências do Brasil Rural” e professor do Departamento de Turismo Osiris Marques explica que o projeto pretende mostrar como fazer parte de roteiros turísticos pode fomentar a agricultura familiar. “A ideia é ampliar e diversificar o turismo nacional através da inserção de produtos e serviços da agricultura familiar, além de apoiar a formatação e o posicionamento de roteiros turísticos de experiência no meio rural. Dessa maneira, o produtor local cria mais consciência sobre a importância do turismo para o seu próprio negócio”, explica.

"O foco de atuação do projeto se dará nos ambientes de agricultura familiar que atuem na produção agrícola e pecuária, na agroindústria, no extrativismo, no artesanato e no turismo. Os demais empreendimentos também poderão ser beneficiados, desde que estejam diretamente relacionados às cadeias produtivas priorizadas" - Osiris Marques

A UFF é encarregada de diagnosticar quais são as principais dificuldades das rotas escolhidas, capacitar e qualificar os agricultores familiares locais que participarão do projeto, além de ajudá-los a promover seus produtos e serviços no mercado do turismo. “Na equipe envolvida existem pós-graduandos, graduandos e docentes do Departamento de Turismo que participam de todas as etapas do projeto. Em razão da pandemia, grande parte das atividades estão acontecendo online e isso é um desafio para um trabalho dessa natureza. Entretanto, também enxergamos nesse cenário uma possibilidade de desenvolver uma nova tecnologia de diagnóstico e capacitação”, completa o docente.

Osiris relata que o projeto ainda está na fase de escolha de oito roteiros de viagem selecionados em todo o Brasil, com enfoque em produtos associados ao turismo, definidos a partir de quatro cadeias produtivas: queijos, vinhos, cervejas e frutos da Amazônia. Cada pesquisador da equipe ficará responsável por uma rota. Depois da escolha dos roteiros, a segunda fase é de diagnóstico e a última de capacitação.

“Para definir as cadeias, foram levados em consideração: o potencial de desenvolvimento de atividades de turismo relacionado às cadeias produtivas; sua distribuição territorial, visando abranger uma maior diversidade de regiões com o projeto; e a priorização de cadeias sensíveis, mais sujeitas à concorrência com produtos internacionais no mercado interno. O foco de atuação do projeto se dará nos ambientes de agricultura familiar que atuem na produção agrícola e pecuária, na agroindústria, no extrativismo, no artesanato e no turismo. Os demais empreendimentos também poderão ser beneficiados, desde que estejam diretamente relacionados às cadeias produtivas priorizadas”, acrescenta o docente.

O mestrando do Programa de Pós-Graduação em Turismo, Valério Neto, vê como desafiadora a tarefa de participar da elaboração de uma política de desenvolvimento sustentável do fenômeno turístico no Brasil. “A responsabilidade de compor um projeto deste porte nos permite a médio e longo prazo produzir mais postos de empregos nos diversos setores ligados à prática turística, o que consequentemente impacta na expansão de contratação de mais profissionais para atuar na área. Poder colaborar com a vivência que tive para a produção de uma política inclusiva e que dê visibilidade aos mais diversos atores envolvidos na cadeia produtiva do turismo me deixa esperançoso sendo eu um turismólogo”.

Para Osiris, especialmente nesse momento de pós-pandemia, existe um movimento muito forte do turismo doméstico. Mais do que isso, os turistas agora viajam para localidades mais próximas e ficam mais tempo nesses lugares. “Nesse contexto, o turismo rural se torna crucial na retomada da atividade turística. Além disso, a qualificação e promoção da produção familiar associada ao turismo se transforma em uma estratégia de inclusão social, geração de emprego e renda e ampliação do mercado de trabalho. Nossa expectativa é que os roteiros participantes do projeto estejam aptos a proporcionar experiências memoráveis aos visitantes, melhorando a competitividade desses destinos”, finaliza.

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