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Nelson Teich é o 2o ministro da Saúde a cair em 28 dias

Atualizado: 16 de mai. de 2020


Como seu antecessor, Mandetta, Teich deixa o ministério da Saúde por divergir de Bolsonaro (Marcelo Casal/ABr)

Com menos de um mês no cargo, o ministro da Saúde do Brasil, Nelson Teich, pediu exoneração nesta sexta-feira (15).

Escolhido para substituir o então chefe da pasta Luiz Henrique Mandetta, que ganhou popularidade por conta dos embates com o presidente Jair Bolsonaro sobre a melhor forma de encarar o surto do novo coronavírus, Teich, oncologista e empresário, assumiu o ministério sob forte desconfiança de parte da população, que acreditava que ele poderia se submeter mais facilmente aos apelos do chefe de Estado para reabrir as atividades econômicas apesar das recomendações de restrição defendidas pela grande maioria dos especialistas.  Em seus primeiros discursos como membro do governo, o ministro não deixou clara sua posição sobre o principal ponto de tensão entre seu antecessor e o presidente, se limitando a defender a produção de mais estudos para conhecer melhor a COVID-19 e suas implicações. No entanto, ao longo de seus 28 dias na chefia da Saúde, acabou optando por resistir à pressão pela derrubada do isolamento social no país, avaliando que o distanciamento era necessário para conter a disseminação do coronavírus.

"Escolhi sair"

Num breve pronunciamento de cerca de cinco minutos, o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, disse que escolheu “sair” mas não informou o motivo do seu pedido de demissão, nesta sexta-feira, ao completar 27 dias à frente do Ministério. “A vida é feita de escolhas. E eu hoje escolhi sair”, afirmou.

Teich disse que não aceitou o convite para ser ministro apenas pelo cargo. “Eu aceitei porque achava que poderia ajudar o Brasil e ajudar pessoas”. Teich não deu entrevista após o pronunciamento. Nem ao ser questionado se sua saída se deveu a pressões de Bolsonaro para que o ministério adote o uso da cloroquina desde o início do tratamento dos sintomas da Covid-19, o ex-ministro não respondeu.

O oncologista apenas agradeceu o presidente Bolsonaro e defendeu como “essencial” a articulação com estados e municípios para definir os próximos passos do país no combate à pandemia - exatamente, o que falta por parte do governo Bolsonaro desde o início da pandemia.

Assim como seu antecessor, Luiz Fernando Mandetta, Teich também acumulou divergências com o presidente sobre as melhores práticas de combate à pandemia do novo coronavírus.

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