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Vídeos falsos sobre a situação na Venezuela inundam as redes


Como resultado dos protestos e surtos de violência que a oposição extremista gerou na Venezuela na tentativa de ignorar a vitória do Presidente Nicolás Maduro, proliferaram vídeos falsos nas redes sociais sobre estas manifestações.


Na segunda-feira (29), a ex-vice-presidente e ex-chanceler da Colômbia Marta Lucía Ramírez publicou em sua conta X um vídeo de uma manifestação em Caracas, com a mensagem: "Onde está a OEA? Alguém sabe alguma coisa sobre Luis Almagro? Como “É possível que o Conselho Permanente da OEA ainda não tenha se comunicado? Quem enterrou a Carta Democrática?”


No entanto, o que a ex-funcionária colombiana não esclareceu na sua publicação, e alguns utilizadores daquela rede social o fizeram, é que o vídeo corresponde a uma mobilização ocorrida em 2017.


Esse vídeo falso também foi republicado pelo ex-presidente do México, Vicente Fox.


Nestes acontecimentos também esteve envolvido o jornalista e ex-político equatoriano Emilio Palacio, que também utilizou a rede social X para publicar outro vídeo e escreveu: “O que está a acontecer na Venezuela hoje, segunda-feira, tem nome e apelido: chama-se revolução democrática. Ontem lutou-se nas urnas, hoje luta-se nas ruas”.


Contudo, o vídeo carregado não é de um protesto ocorrido na Venezuela, mas sim no Quénia; e os acontecimentos datam de 25 de junho, conforme esclareceu Carolina Bazante, também jornalista e fundadora da Lupa Media EC, que faz jornalismo de verificação.

"Isto não é desinformação reciclada, é apenas desinformação. Não é a Venezuela, é o Quénia, 25 de junho de 2024. Uma multidão de manifestantes contra um novo projeto de lei económico invadiu o parlamento. Não demoram mais de 2 minutos a verificá-lo." Bazante disse sobre isso.


A AFP Factual também negou a publicação de um vídeo que supostamente mostra uma mobilização da oposição a caminho do Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano. No entanto, é uma gravação que circula desde 4 de julho e mostra um comício liderado pela oposicionista María Corina Machado, a quase 11 quilómetros da sede presidencial.

O portal EsPaja, site venezuelano de verificação e checagem de fatos, também foi responsável por esclarecer a origem de alguns dos vídeos publicados como atuais, mas que são de protestos antigos.


Por exemplo, circula um vídeo de um suposto protesto ocorrido no populoso bairro de Petare, na região metropolitana de Caracas. No entanto, embora corresponda a uma manifestação naquele local, o audiovisual circula nas redes desde pelo menos o último dia 19 de julho, nove dias antes das eleições.



Outro dos vídeos que circulam é o de uma manifestação em frente ao Palácio da Justiça, também em Caracas; mas, trata-se de uma manifestação ocorrida no dia 29 de maio de 2024 em protesto pelo assassinato de um adolescente, identificado como Eleazar Fuentes (17 anos), sob fogo das forças de segurança no setor Carapita durante uma atividade de ‘piruetas de moto’.

O vídeo da declaração dos militares também se tornou viral, mas é um audiovisual de sete anos atrás.


O vídeo original é de quando o capitão Juan Caguaripano se rebelou. Foi gravado durante a chamada “Operação Carabobo”, que consistiu no assalto ao Forte Paramacay, na cidade de Valência, na madrugada de domingo, 6 de agosto de 2017.

Caguaripano foi preso em 11 de agosto do mesmo ano e continua detido em El Helicoide, em Caracas.


Além disso, um vídeo do suposto ataque a pessoas a partir de um helicóptero militar foi publicado nas redes sociais. Contudo, o acontecimento ocorreu na Turquia, em 2016, quando houve uma tentativa de golpe de Estado.

Fonte: Agência RT

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