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Valdemar diz que questionou resultado das urnas por pressão de Bolsonaro


Em depoimento à Polícia Federal em fevereiro deste ano, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse discordar da hipótese levantada à época pelo então presidente Jair Bolsonaro sobre fraude nas urnas eletrônicas nas eleições de 2022.


"Indagado se, na condição de presidente do Partido Liberal, anui com as palavras do então presidente Jair Bolsonaro de que haveria fraude nas urnas eletrônicas e consequentemente nas eleições presidenciais de 2022, respondeu que não concorda com a fala do presidente Bolsonaro, pois já participou de varias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso”", diz a transcrição do relatório da PF sobre o depoimento de Valdemar Costa Neto.


O ex-presidente Bolsonaro já foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por ataques e disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral e ainda é alvo de outras investigações no Supremo Tribunal Federal (STF). Neste momento, Bolsonaro está inelegível até 2030.


As informações de Valdemar Costa Neto foram dadas no inquérito sobre a trama golpista elaborada na cúpula do governo de Bolsonaro no fim de 2022. O sigilo sobre os depoimentos foi tirado nesta sexta-feira (15) pelo relator do caso no Supremo, ministro Alexandre de Moraes.


O presidente do PL revelou detalhes da pressão exercida por Jair Bolsonaro e deputados do partido para ajuizar uma ação no TSE questionando o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo o depoimento prestado no dia 22 de fevereiro, Costa Neto afirmou que foi coagido após o "vazamento" de um relatório da empresa IVL - Instituto Voto Legal -, contratada pelo PL para apresentar um estudo sobre o sistema de funcionamento das urnas eletrônicas. O relatório foi a base da representação do PL, junto ao TSE, para anular votos de algumas urnas. Na ocasião, Moraes negou a ação e condenou a coligação de Bolsonaro ao pagamento de multa no valor de quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé.


Valdemar disse que a contratação de relatório da IVL foi ideia de deputados do PL e do próprio Bolsonaro. Segundo ele, o partido pagou cerca de R$ 1 milhão pelo serviço.


Quando indagado se cumpriu orientação de Bolsonaro para questionar a segurança das urnas eletrônicas e validar a narrativa de possíveis fraudes nas eleições de 2022, o presidente nacional do PL respondeu que nunca recebeu orientação do então presidente para questionar as urnas eletrônicas, apenas para fiscalizar.


“Para isso, contrataram os serviços da empresa IVL - Instituto Voto Legal para acompanhar o desenvolvimento da eleição e se havia segurança”, destaca trecho do depoimento à PF.


“Indagado se o então presidente Jair Bolsonaro insistiu com o declarante para ajuizar ação no TSE [Tribunal Superior Eleitoral] questionando o resultado das urnas eletrônicas, respondeu que, quando houve o vazamento do relatório do IVL, os deputados do Partido Liberal e o então presidente Bolsonaro o pressionaram para ajuizar tal ação no TSE”.


Entenda

O ministro do STF Alexandre de Moraes levantou nesta sexta-feira (15) o sigilo dos depoimentos colhidos no inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado - com objetivo de manter Bolsonaro no poder - alegando que tomou a decisão “diante de inúmeras publicações jornalísticas com informações incompletas sobre os depoimentos prestados à autoridade policial”. Trechos dos depoimentos prestados nas últimas semanas por investigados e testemunhas vinham sendo publicados por diferentes veículos de imprensa.


Com a Agência Brasil

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