'Vamos seguir incansáveis na luta por justiça', diz Lula sobre Marielle
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais nesta quinta-feira (14) para afirmar que seguirá "incansável na luta por Justiça" no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, que completou seis anos neste 14 de março. O caso nunca foi totalmente esclarecido pelas autoridades fluminenses e a Polícia Federal assumiu a investigação em fevereiro do ano passado.
Nesta quinta-feira, um ato na Cinelândia, em memória de Marielle e Anderson, foi marcado por pedidos de justiça de familiares e amigos.
Também nesta quinta-feira (15), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou esperar que o crime seja esclarecido “em breve”. “Vamos resolver. As investigações estão avançando mesmo. O inquérito é sigiloso e o ministro não se mete nos inquéritos que são levados, mas as notícias que temos é que nós vamos encontrar os criminosos. Espero poder anunciar isso em breve”, disse Lewandowski.
Marielle Franco e Anderson Gomes foram assassinados na noite de 14 de março de 2018, quando o carro em que estavam foi alvejado por tiros de fuzil disparados por ocupantes de outro veículo, em uma rua no centro da cidade.
O ex-policial militar Élcio Queiroz, que dirigiu o carro, um Cobalt, usado no duplo homicídio, forneceu detalhes da dinâmica do crime - após negociar um acordo de delação premiada na PF - e entregou o ex-sargento PM Ronnie Lessa como responsável pelos disparos de fuzil que mataram Marielle e Anderson. Ambos estão presos. Outro que está preso é o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, apontado como responsável por monitorar as movimentações de Marielle e pelo desmanche do Cobalt e pelo sumiço dos cartuchos da munição usada por Lessa. Mas até o momento a polícia ainda não conseguiu confirmar a identificação dos mandantes ou mandante por trás do duplo homicídio.
Ao menos cinco suspeitos de envolvimento na morte da vereadora foram mortos no decorrer das investigações. Entre eles, o ex-sargento PM Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como Macalé - apontado pela delação premiada de Queiroz como intermediário da contratação de Lessa para matar Marielle - e o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega - que teria se negado a executar o crime, antes de Lessa ser "contratado". Apontado como chefe do bando de matadores do 'Escritório do Crime', Adriano ficou foragido por cerca de um ano, até ser localizado em um sítio no interior da Bahia, onde foi morto por policiais do Bope baiano, em 9 de fevereiro de 2020.
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