Venezuela rechaça 'ameaça grotesca' de Trump
- Da Redação
- há 1 hora
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O governo da Venezuela rechaçou o bloqueio naval militar anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na noite desta terça-feira (16). A ordem para "o bloqueio total e completo de todos os petroleiros sancionados que entrem e saiam da Venezuela" representa mais um passo na escalada de pressão de Washington na tentativa de derrubar o governo do presidente Nicolás Maduro.
Em um comunicado oficial, o governo venezuelano afirma que a verdadeira intenção dos EUA “sempre foi se apropriar do petróleo, das terras e dos minerais do país por meio de gigantescas campanhas de mentiras e manipulações”. E garante: “jamais voltaremos a ser colônia de nenhum império”.
"A Venezuela, em pleno exercício do Direito Internacional que nos protege, de nossa Constituição e das leis da República, reafirma sua soberania sobre todos os seus recursos naturais, bem como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Portanto, procederá, em estrita observância à Carta da ONU, ao pleno exercício de sua liberdade, jurisdição e soberania diante dessas ameaças belicistas", afirma o documento.
O país sul-americano ainda conclamou "o povo dos Estados Unidos e os povos do mundo a rejeitarem por todos os meios esta ameaça ultrajante, que revela mais uma vez as verdadeiras intenções de Donald Trump de roubar as riquezas do país". E completa: "O povo da Venezuela, em perfeita unidade popular, militar e policial, saberá defender seus direitos históricos e triunfar pela paz".
Veja, na íntegra, a declaração oficial do governo venezuelano.
"GOVERNO BOLIVARIANO DA VENEZUELA
COMUNICADO
A Venezuela Unida rejeita a ameaça grotesca do Sr. Trump e a denunciará.
Na noite de 16 de dezembro de 2025, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, violando o Direito Internacional, o livre comércio e a liberdade de navegação, lançou uma ameaça temerária e grave contra a República Bolivariana da Venezuela.
Em suas redes sociais, ele assume que o petróleo, as terras e as riquezas minerais da Venezuela lhe pertencem. Consequentemente, exige que a Venezuela entregue imediatamente toda a sua riqueza. O Presidente dos Estados Unidos pretende impor, de maneira totalmente irracional, um suposto bloqueio naval militar à Venezuela com o objetivo de roubar a riqueza que pertence à nossa nação.
A Venezuela, em pleno exercício do Direito Internacional que nos protege, de nossa Constituição e das leis da República, reafirma sua soberania sobre todos os seus recursos naturais, bem como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Portanto, procederá, em estrita observância à Carta da ONU, ao pleno exercício de sua liberdade, jurisdição e soberania diante dessas ameaças belicistas. Nosso embaixador na ONU denunciará imediatamente essa grave violação do Direito Internacional contra a Venezuela.
Conclamamos o povo dos Estados Unidos e os povos do mundo a rejeitarem por todos os meios esta ameaça ultrajante, que revela mais uma vez as verdadeiras intenções de Donald Trump de roubar as riquezas do país que deu origem ao Exército Unido de Libertação da América do Sul e ao nosso Libertador, Simón Bolívar. O povo da Venezuela, em perfeita unidade popular, militar e policial, saberá defender seus direitos históricos e triunfar pela paz.
O Sr. Donald Trump, sem rodeios, utiliza a seguinte expressão intervencionista e colonialista: "até que todo o petróleo, terras e outros bens que nos foram roubados sejam devolvidos aos Estados Unidos". Sua verdadeira intenção, denunciada pela Venezuela e pelo povo dos Estados Unidos em manifestações massivas, sempre foi a de se apropriar do petróleo, das terras e dos minerais do país por meio de gigantescas campanhas de mentiras e manipulação.
A Venezuela jamais voltará a ser colônia de qualquer império ou potência estrangeira e continuará, junto com seu povo, no caminho da prosperidade e na defesa inabalável de nossa independência e soberania.
O povo venezuelano, em perfeita unidade popular, militar e policial, permanece firme na proteção irrestrita de seu território, seus recursos e sua liberdade. Com nosso Libertador, dizemos: “Felizmente, vimos um punhado de homens livres derrotar impérios poderosos.
Caracas, 16 de dezembro de 2025"






