Venezuela sofre apagão após explosão em hidrelétrica
O ministro de Energia Elétrica da Venezuela, Néstor Luis Reverol Torres, disse que o país recebeu "um novo ataque ao sistema elétrico nacional" na madrugada desta sexta-feira (17).
A declaração de Torres foi feita durante entrevista logo após uma explosão em uma linha de transmissão da Central Hidrelétrica Simón Bolívar, no estado de Bolívar. O ministro disse que a atual situação é igual à de 2019, mas que os funcionários da Corporação Elétrica Nacional estão trabalhando para reativar a eletricidade nos locais afetados.
Foram afetados ao menos 19 dos 23 estados do país sul-americano, incluindo partes da capital Caracas.
"Novamente aqueles que mostraram sua sanha em 2019, agora arremetem contra nosso povo durante as festas de dezembro. Com nosso trabalho seremos capazes de recuperar nosso sistema", afirmou o ministro, referindo-se a um suposto "ataque terrorista" à hidrelétrica. Ele não disse, porém, quem teria feito o ataque – nem deu detalhes sobre a suposta ação.
O governo informou que ativou mecanismos para atender às contingências nos serviços de água potável, transporte e serviços de saúde.
Nas redes sociais, moradores postam vídeos e fotos divulgando a situação.
"Sem luz, explode subestação em pleno centro do país, estado de emergência para a saúde de todos. Preparem-se porque ficaremos um tempo assim…"
Apagões de 2019
Os apagões na Venezuela em 2019 aconteceram entre março e maio, com problemas se estendendo a meios de transporte, serviço de água e conexões de Internet. A falta de energia afetou 22 dos 23 estados venezuelanos.
O presidente Nicolás Maduro à época culpou os Estados Unidos pelos apagões, dizendo que era uma tentativa de retirá-lo do poder. Também conhecida como Guri, a hidrelétrica é a quinta maior do mundo.
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