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Viradouro fecha desfiles na Sapucaí e é uma das favoritas

A Unidos do Viradouro, escola de Niterói, apresentou um desfile impecável na manhã desta desta terça-feira (13/2), no segundo dia de apresentações do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A escola confirmou as expectativas e se credenciou à conquista do título de campeã do desfiles de 2024.

O enredo sobre o culto ao vodum serpente na região do Benin, na África, levantou o público nas arquibancadas. A Viradouro não cometeu erros aparentes, em um ano de muitos desfiles com problemas em vários quesitos.


Desde a comissão de frente impactante, em que um cobra gigante rastejava pela chão do sambódromo, passando pelo conjunto alegórico e fantasias criativas e bem elaboradas, até a evolução, tudo foi correu dentro do esperado pelos organizadores. A escola apresentou um "exército" de mulheres: "Vive em mim a lealdade das irmãs de cor", diz a letra do samba.


A bateria do mestre Ciça foi outro destaque. Com um naipe de atabaques que sustentaram com muito ritmo o enredo religioso, a 'Furacão Vermelho e Branco' conquistou a plateia da Sapucaí e encheu o coração dos torcedores com grandes esperanças de vitória.


O enredo 'Arroboboi, Dangbé!', desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon, contou na avenida o mito de uma serpente vodum, que se tornou uma divindade após épica batalha entre reinos da antiga região da Costa da Mina, na África.


Com pesquisa de João Gustavo Melo, teve realização clara, com farta riqueza de signos do universo do candomblé jeje. Zanon começou na Costa da Mina, na África, e terminou na Bahia, com sincretismos e protagonismo das mulheres – as matriarcas.


O segundo dia dos desfiles do Grupo Especial


O segundo e último dia de desfiles do Grupo Especial no Sambódromo teve como destaque os enredos que homenageiam personalidades e histórias da população afro-brasileira, como a cantora Alcione (Mangueira), o livro Um Defeito de Cor (Portela), o almirante negro João Cândido (Tuiuti) e divindades africanas (Viradouro).


A noite começou com a Mocidade Independente de Padre Miguel que trouxe para a avenida enredo com o título Pede caju que dou... Pé de caju que dá!. A escola verde e branca celebrou a importância do caju na cultura nacional. A ideia foi contar a história da fruta nativa dos povos originários até os dias atuais.


Em seguida, entrou na Marques de Sapucaí a Portela que apresentou o enredo Um defeito de cor, baseado no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves. No romance, Kehinde, mulher escravizada ainda criança na África que viveu boa parte da vida no Brasil, procura um filho perdido, que seria Luiz Gama, famoso abolicionista, jornalista, poeta e advogado brasileiro.


A Unidos de Vila Isabel veio na sequência com o enredo Gbalá – viagem ao Templo da Criação. Foram narradas histórias yorubá desde que a humanidade existe. É uma reedição do enredo que foi trazido pela escola para a avenida em 1993. Os versos atualizaram a mensagem anterior, com uma leitura mais atual sobre a responsabilidade humana com o planeta e as gerações futuras.

A Mangueira entrou em seguida para celebrar a história de vida da cantora Alcione com o enredo A negra voz do amanhã. Ícone do samba, da música brasileira e da escola do morro da Mangueira, a história de Alcione foi contada desde a infância, no Maranhão, onde nasceu, até a construção da vida artística no Rio de Janeiro. Em 2024, a cantora completa 50 anos de carreira.


A Paraíso do Tuiuti apresentou o enredo Glória ao almirante negro, sobre a trajetória revolucionária de João Cândido Felisberto, conhecido por liderar a revolta da Chibata, em 1910. No episódio, o levante pretendia acabar com as práticas violentas e maus tratos da Marinha aos marinheiros, na maioria, negros.


O último desfile na Sapucaí foi da Unidos do Viradouro, que trouxe o enredo 'Arroboboi, Dangbé!', desenvolvido pelo carnavalesco Tarcísio Zanon. A escola entrou na avenida de madrugada e encerrou a apresentação depois do dia claro, contagiando o público de energia e fechando o carnaval de 2024 na Sapucaí em grandioso estilo.


A campeã do carnaval do Rio em 2024 será conhecida nesta quarta-feira de cinzas (14/2). A apuração das notas começa às 16h.


*Com informações da Agência Brasil

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