Vídeo: PM agride jovem e diz 'vai gritar Lula na África agora'
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Vídeo: PM agride jovem e diz 'vai gritar Lula na África agora'

Atualizado: 7 de out. de 2022


(Reprodução)

"Vai gritar Lula na África agora", disse um policial militar para um jovem negro, após agredi-lo com um soco nas costas e algemá-lo. O episódio aconteceu no dia das eleições do primeiro turno, domingo (2), na cidade Nova Gama, em Goiás, e o vídeo viralizou nas redes sociais nesta quinta-feira (6), gerando ampla indignação.


Pelas imagens não fica claro o que motivou o início da ocorrência, mas uma outra pessoa, que registra o fato com o celular, diz que o jovem, que é africano, teria sido preso porque falou que votou em Lula. Segundo o Globo, ele foi foi preso sob acusação de boca de urna. No entanto, acabou sendo liberado pela ausência de provas, já que não estava de posse de santinhos ou material de campanha de nenhum candidato.

Localizado pelo G1, o africano de 32 anos, que preferiu não se identificar, disse que mora há oito anos no Brasil e negou que estava fazendo boca de urna. Ele disse que estava em um churrasco no quintal de casa quando foi detido por declarar apoio ao candidato do PT.


"Eu acordei de manhã, estava sem camisa, sem sapato. Eu estava na minha casa com meus amigos, fazendo churrasco. Eu sou apoiador do Lula, mas ninguém tem o direito de vir na minha casa para me prender porque eu quero que o Lula ganhe", disse o jovem, que não vota no país e mora a cerca de 200 metros de um local de votação.


"Eu falei para ele [policial] que eu simplesmente queria que o Lula ganhasse, e ele chegou me agredindo dentro do meu lote e me prendendo. Colocaram uma pistola e falaram para eu colocar as mãos para trás", disse.


Em nota, a Polícia Militar disse que determinou a abertura de um procedimento administrativo e afastou o policial militar das suas atividades operacionais até o final das apurações.


A presidente do Partido dos Trabalhadores de Goiás Kátia Maria se manifestou sobre o caso nas suas redes sociais.


"As imagens mostram cenas de racismo e violência política juntas. Ambas configuram crime e foram cometidas pelo Estado, o que é mais grave ainda. Não vamos permitir intimidação, perseguição política e policial aos apoiadores do Lula em Goiás (...) Exigimos do Governador Ronaldo Caiado a apuração imediata do caso, a punição dos culpados e a orientação da corporação para que novos casos como esses não se repitam em Goiás."

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