YouTube remove 10 vídeos de Bolsonaro sobre cloroquina

Pelo menos 10 vídeos do presidente Jair Bolsonaro propagandeando e recomendando o uso de cloroquina para tratar a covid-19 foram removidos pelo YouTube. O presidente do Brasil ainda é o único chefe de Estado no mundo que recomenda o medicamento, comprovadamente ineficaz contra a doença, podendo ser responsável pela morte de muitas pessoas, segundo membros da CPI da Covid do Senado.
A decisão da plataforma decorre de uma atualização da política da empresa, feita em abril, que prevê a exclusão de vídeos que recomendem remédios sem eficácia contra o coronavírus, como a cloroquina e a ivermectina.
O levantamento sobre as remoções é da empresa de análise de dados Novelo Data e foi noticiado pelo G1.
Dentre 12 vídeos removidos de Bolsonaro, 10 deles falavam de cloroquina. Dentre eles, duas transmissões ao vivo feitas em março e abril de 2020 e outros vídeos com os títulos "A Hidroxicloroquina cada vez mais demonstra sua eficácia em portadores do COVID-19" e "Fox News mostra estudos sobre a eficácia da Hidroxicloroquina no combate ao Coronavírus" (Neste caso, na ocasião, o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta apontou que é “irresponsável do ponto de vista médico” a atitude do presidente de recomentar medicação sem ter como monitorar a situação cardíaca dos pacientes e e sem ter a garantia de leitos em caso de necessidade.
"Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube". Esta é a mensagem que os usuários encontram ao acessar os links.
Em abril deste ano, cinco publicações da conta de Jair Bolsonaro que continham o mesmo tema já haviam sido derrubadas pelo Youtube.
Ainda outros três vídeos foram removidos: um do filho 03 do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL), outro do deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL), preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e um do ex-senador Magno Malta, do Espírito Santo, também bolsonarista.
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