Bolsonaristas atacam manifestantes no Canto do Rio
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Bolsonaristas atacam manifestantes no Canto do Rio


À esquerda, o bolsonarista que lançou os sinalizadores contra Walkíria (no meio) e outros militantes (à direita)

Um grupo de seis manifestantes da União da Juventude Socialista (UJS), ligada ao PCdoB, foi atacado na noite desta sexta-feira (11) com sinalizadores disparados por militantes bolsonaristas na porta do clube Canto do Rio, onde acontecia um encontro de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A professora Walkíria Nictheroy, que leciona na rede municipal de ensino da cidade, foi ferida com queimaduras leves na perna esquerda.

O ataque, gravado em vários vídeos pelos manifestantes de esquerda traz à memória a morte do cinegrafista Santiago Andrade há mais de seis anos, atingido por um rojão disparado por black blocs no Centro do Rio de Janeiro. Com uma clara diferença: embora os acusados pela morte do jornalista respondam por homicídio doloso, onde há intenção de matar, não ficou provado até agora que eles tenham mirado o rojão na cabeça de Santiago. Já no ataque que atingiu a professora, os vídeos mostram nitidamente que os manifestantes foram alvejados.

A manifestação na porta do local do encontro de bolsonaristas, com a presença, inclusive, do deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos de Jair Bolsonaro, transcorria pacificamente. Começou com os militantes de esquerda estendendo uma faixa com a pergunta: "Bolsonaro porque Queiroz depositou R$ 89 mil na conta da sua esposa?" Eles também ofereciam laranjada em jarra, em referência à acusação de "laranja" de Flávio Bolsonaro sobre Queiroz.

Eles passaram a ser hostilizados por um grupo de bolsonaristas, todos de camisetas pretas, postados na porta do clube, com insultos e ameaças. "Cadê a Marielle, maconheira? Está morta, né?", dizia um dos bolsonaristas. Até que um deles acendeu sinalizadores e passou a dispará-los contra os manifestantes. Foram disparados quatro sinalizadores. Um deles atingiu a perna de Walkíria.

Os militantes da UJS se retiraram. A professora que teve a perna ferida fez um boletim de ocorrência virtual e confirmou sua ida neste sábado à delegacia para assinar a queixa e anexar as provas materiais da agressão.


Santiago, morto por rojão

O cinegrafista da TV Bandeirantes, Santiago Andrade, morreu em 10 de fevereiro de 2014, quatro dias depois de ser atingido por um rojão disparado por “black blocs” durante uma manifestação no Centro do Rio.

Caio Silva de Souza e Fábio Raposo Barbosa foram identificados como os criminosos que acenderam e atiraram o rojão que matou Santiago. Eles foram presos, acusados de homicídio doloso (intencional).

O Ministério Público sustenta que eles assumiram a responsabilidade de ferir alguém quando soltaram o explosivo. O cinegrafista tinha 49 anos e foi atingido na cabeça pelo explosivo. Os réus ainda irão a júri popular.


O cinegrafista Santiago Andrade no momento em que foi atingido pelo rojão na cabeça

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