Médica agredida no Grajaú: "Quantos poderiam ter me ajudado?
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Médica agredida: "Quantos poderiam ter me ajudado?


A médica Tyciana D'Azambujja, barbaramente agredida em 30 de maio por vários homens e uma mulher, voltou a fazer um desabafo em sua rede social, nesta sexta-feira (12), depois de assistir imagens de câmeras de segurança instaladas na entrada do Hospital Casa Italiano, na Rua Marechal Jofre, no Grajaú, na Zona Norte do Rio. Foi neste local que Tyciana diz que desmaiou, no momento da "pior parte do terror psicológico" que sofreu. Foi também o momento que a deixou mais chocada, ao ver no vídeo que pedestres e motoristas que poderiam tê-la ajudado apenas "assistiram", omissos, a selvageria. E até pior, um motociclista, a quem pediu socorro, foi o primeiro a agredi-la com socos no braço para se desvencilhar.

"Aí está o momento onde ocorreu a pior parte do terror psicológico. Quando eu pedi ajuda a um motociclista, que me negou e ainda foi o primeiro a me agredir. Quando o primeiro homem me estrangula até que eu desmaio. Quando pisa no meu tórax e diz que vai sumir com meu cadáver. Quando os seguranças do hospital cruzam os braços. Quando as pessoas ficam só observando. Quando motoristas diminuem a velocidade e seguem seus caminhos", desabafou. O vídeo foi mostrado pela TV Globo, nesta sexta-feira.


A médica Tyciana pediu socorro mas foi agredida pelo motoboy (Imagem/Reprodução)

Silêncio diante da morte

Um frame do vídeo, publicado por Tyciana em uma rede social, mostra que um homem encostado em um carro e um segurança do hospital apenas acompanharam o momento em que ela sofreu sufocamento e foi chutada.

"Ninguém tem ideia do que foi rever essas imagens e reviver tudo... a sensação da falta de ar, do grito preso na garganta, de ter que decidir se é melhor gritar ou respirar... e do breu quando se desmaia... de acordar com um pé te pisoteando... de ser observada silenciosamente enquanto estão te matando. Uma mulher desmaiada, três homens... Um sufoca, asfixia e pisoteia enquanto dois observam e cruzam os braços. Depois, seguirá a segunda sessão de espancamento. Quantas pessoas poderiam ter me ajudado? Quantos motociclistas, seguranças, motoristas, transeuntes poderiam ter evitado o desenrolar da ação?".

Dez identificados

Dez pessoas envolvidas já foram ouvidas pelo delegado Roberto de Mattos da 20ª DP (Vila Isabel), entre elas, o PM Luiz Eduardo Salgueiro, lotado no Batalhão de Polícia de Choque, no Estácio. O negou ter participado das agressões e disse que não viu ninguém agredindo Ticyana. A Corregedoria da PM também abriu procedimento para apurar a conduta do policial, que foi afastado de suas funções externas.

Outro identificado é Rafael Presta, que aparece carregando a médica em imagens e também nega agressões. Ele disse que a festa era de seu aniversário.

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