Negócio suspeito entre Bolsonaro e funcionário de Flávio
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Negócio suspeito entre Bolsonaro e funcionário de Flávio


Coronel da reserva Hudson, funcionário fantasma de Flávio, comprou o terreno de Jair Bolsonaro (Reprodução)

Mais um caso suspeito envolve a família Bolsonaro. Dessa vez, a compra e venda de um terreno em Resende, região conhecida por seus relevos montanhosos e cachoeiras no Sudoeste fluminense. Os vendedores do terreno foram o então deputado federal Jair Bolsonaro e Ana Cristina Siqueira Valle, sua segunda ex-mulher. O comprador, o coronel da reserva Guilherme dos Santos Hudson, investigado no inquérito das rachadinhas e apontado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) como funcionário "fantasma"do antigo gabinete de Flávio Bolsonaro (Republicanos) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O terreno foi comprado por R$ 38 mil e pago em dinheiro vivo.

A propriedade tem piscina, sauna, bar, salão de festas, campo de futebol, quadras de esportes e spa. Em valores corrigidos pelo IPCA, os R$ 38 mil representariam R$ 71 mil. A informação foi publicada em reportagem do jornal O Estado de S.Paulo.

Bolsonaro e Ana Cristina adquiriram o imóvel em novembro de 2003, pelo mesmo valor que o venderam após a separação. Não houve reajuste por valorização do terreno ou pela inflação de 28,76%, de acordo com o IPCA - o que equivaleria a pouco mais de R$ 10 mil. O documento não informa se houve sinal antecipado, nota promissória ou dívidas para pagamentos futuros. O coronel Hudson, como é conhecido, é casado com Ana Maria Siqueira Hudson, tia de Ana Cristina.

As compras de imóveis pela família Bolsonaro causam estranhamento. De acordo com investigações do MP-RJ, são cerca de 70 ao todo. O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos) comprou um apartamento por R$ 150 mil com dinheiro vivo, em 2003, quando tinha apenas 20 anos. Atualmente o valor corresponde a R$ 366 mil, corrigidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). O filho de Jair Bolsonaro declarou que o imóvel valia R$ 205 mil, na eleição de 2016.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro pagou R$ 150 mil em espécie durante a aquisição de dois apartamentos comprados na Zona Sul do Rio de Janeiro, entre 2011 e 2016.

Assessores de Jair Bolsonaro "emprestaram" R$ 250 mil a Flávio

E as revelações sobre operações suspeitas do clã Bolsonaro parecem não ter fim. De acordo com outra reportagem do Globo nesta quinta-feira, Flávio Bolsonaro declarou à Receita Federal ter recebido R$ 250 mil, entre os anos de 2008 e 2010, como empréstimos obtidos de dois assessores que à época trabalhavam no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Os dados revelam pela primeira vez repasses de dinheiro diretos de assessores de Jair Bolsonaro para seu filho. Flávio confessou em depoimento que parte dos empréstimos foi em dinheiro vivo.

Pai de ministro

O primeiro empréstimo, no valor de R$ 80 mil, feito a Flávio foi em 2008, por Jorge Francisco, que era chefe de gabinete de Bolsonaro e trabalhou com a família por 20 anos. Jorge Francisco, que morreu em 2018, é pai do atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência Jorge Antonio de Oliveira, major da Polícia Militar do Distrito Federal, que substituiu o general de Divisão da reserva do Exército brasileiro, Floriano Peixoto.

Em 2010, o segundo empréstimo foi de R$ 70 mil. Outros R$ 100 mil foram emprestados a Flávio no mesmo ano, dessa vez, por Wolmar Villar Júnior, que era assessor do gabinete de Bolsonaro na Câmara. Wolmar também é um dos assessores mais antigos do presidente. Está com Bolsonaro desde 1992 e agora trabalha na assessoria especial da Presidência da República.

Wolmar é casado com Miqueline Sousa Matheus. Ela também foi assessora de Bolsonaro na Câmara por 13 anos, entre 2005 e 2018.

Mais empréstimos e dinheiro vivo

No ano de 2008 constam no Imposto de Renda de Flávio um empréstimo de R$ 55 mil feito por Jair Bolsonaro e um de R$ 35 mil, por Carlos Bolsonaro. No mesmo ano, outro empréstimo, dessa vez de R$ 60 mil, feito por Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, seu primo, que constou como assessor do seu gabinete na Alerj entre novembro de 2006 e fevereiro de 2012, época do repasse.

Ao todo, Flávio pagou naquele ano um total de R$ 268.311,75 - pelo menos R$ 86,7 mil em dinheiro vivo - por 12 salas comerciais e financiou o restante. No total declarado, as salas chegavam a R$ 2,6 milhões. Antes de revender dois meses depois, Flávio pagou apenas 12% do financiamento.

De acordo com a reportagem, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que não cometeu irregularidades, mas não respondeu aos questionamentos enviados sobre os empréstimos. "A defesa do senador Flávio Bolsonaro está impedida de comentar informações que estão em segredo de Justiça.

Ainda segundo a reportagem, que procurou o Palácio do Planalto para ouvir a posição do presidente Jair Bolsonaro e do assessor Wolmar Júnior, a assessoria de comunicação disse que não iria se manifestar.

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