Presidente da Fifa vira réu em processo criminal na Suíça
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Presidente da Fifa vira réu em processo criminal na Suíça

Atualizado: 31 de jul. de 2020


O italiano Giani Infantino, reeleito no ano passado, agora virou réu em processo criminal na Suíça (Getty Images)

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, que foi reeleito no ano passado para mais um mandato à frente da entidade máxima do futebol mundial, vai responder a um processo criminal aberto nesta quinta-feira (30) pela Justiça da Suíça. Infantino, que se reelegeu com o mesmo discurso de "transparência" e corrupção "nunca mais", está sendo acusado de conduta criminal relacionada a uma reunião secreta que manteve com o Procurador-Geral da Suíça, Michael Lauber, ao mesmo tempo em que ocorria uma investigação de corrupção ligada à Fifa.

Lauber renunciou ao cargo na semana passada, depois que o tribunal concluiu que ele tinha tido três reuniões secretas com Infantino em um período de 15 meses em um hotel em Berna, na Suíça, e o negou aos seus supervisores no judiciário suíço, ao mesmo tempo que seu gabinete estava investigando corrupção relacionada à FIFA. Tanto Lauber como Infantino negaram a existência das conversas até agora.

De acordo com a Procuradoria-Geral da Suíça, o promotor especial Stefan Keller, designado no mês passado para analisar as queixas, encontrou indícios de conduta criminal concernente às reuniões de Michael Lauber com Giani Infantino. “Isso se refere ao abuso de cargo público, quebra de sigilo oficial, assistência a infratores e incitação a esses atos”, informou o órgão.

Michel Platini: "suborno"

Em maio, o ex-presidente da União das Associações Europeias de Futebol (UEFA), Michel Platini, disse em uma entrevista à revista L'Illustre que as reuniões secretas de Lauber e Infantino haviam levado a uma investigação sobre as acusações de suborno.

Platini afirmou que Infantino havia ganhado o cargo na Fifa devido a uma "hábil combinação de circunstâncias". Ele acrescentou que tanto Infantino quanto Lauber encobriram suas reuniões, porque se achavam "intocáveis e acima da lei".

"Não há mais espaço para a corrupção"

Em junho do ano passado, em congresso realizado em Paris, Gianni Infantino foi reeleito presidente da Fifa até o final de 2023 com o apoio das 211 federações e confederações nacionais. Em seu discurso, o italiano foi às lágrimas, ao reforçar seu compromisso de combate contra a corrupção.

"Em menos menos de três anos, essa organização passou de tóxica, quase criminosa, a ser o que deveria ser: uma instituição que desenvolve o futebol", disse, aclamado. E continuou: "Hoje, tudo está aberto e transparente. Não é possível fazer pagamentos escondidos ou algo não ético. Sabemos para onde cada dólar vai. Não há mais espaço para a corrupção na Fifa. Nunca mais. Tolerância zero. A história não pode ser repetida", concluiu na ocasião.

Infantino assumiu a presidência da Fifa em 2016, em meio ao maior escândalo de corrupção da história da entidade. Das investigações e julgamentos de réus, resultou a prisão de sete dirigentes, incluindo o presidente da CBF, José Maria Marin, e no banimento do futebol de alguns dirigentes, entre os quais o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O escândalo também ocasionou a queda do então presidente, Joseph Blatter, que deu lugar a Infantino.

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