Petroleiros fazem protestos
Contra o processo de privatização da Petrobras, petroleiros realizaram mais uma manifestação, nesta terça-feira (1/8), em quatro aeroportos que são exclusivos para embarque e desembarque nas plataformas da Petrobras. São eles, os aeroportos de Campos, Macaé, Cabo Frio e Farol de São Tomé, no Norte Fluminense.
"Estamos com diretores e sindicalizados em quatro aeroportos, no embarque e desembarque, na região do norte fluminense. Estamos promovendo atrasos nos voos contra a medida e conversando com os trabalhadores, fazendo rodas de conversa com as pessoas, que são trabalhadores da Petrobras e terceirizados", explicou Tezeu Bezerra, coordenador geral do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro - NF), e filiado à Federação Única dos Petroleiros (FUP).
A mobilização acontece após o anúncio do presidente da Petrobras, Pedro Parente, na última sexta-feira (28), da concessão de sete conjuntos de campos de petróleo em águas rasas, localizados nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao todo, a empresa anunciou 30 concessões.
Em nota, a FUP, pontuou a indignação dos petroleiros frente às privatizações."É o maior ataque às áreas de produção de petróleo em águas rasas, desde a era privatizante de FHC [Fernando Henrique Cardoso] nos anos 90. Na Bacia de Campos, por exemplo, estão na lista de venda três grandes polos produtores: Pargo (Carapeba, Vermelho e Pargo), Enchova (Bicudo, Bonito, Marimbá, Piraúna, Enchova e Enchova Oeste) e Pampo (Badejo, Linguado, Trilha e Pampo). Outro campo de destaque que será colocado à venda é Merluza, na Bacia de Santos", expõe o documento.
No domingo (31), os petroleiros da FUP e Sindpetro também promoveram um trancaço na bacia mais importante do Brasil, a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro (RJ).
Desmonte
Para Bezerra as privatizações fazem "parte do golpe" e do "desmonte generalizado" promovido pelo presidente golpista Michel Temer (PMDB) na empresa."Hoje a Petrobras não tem mais a garantia de participação de 30% mínima em todos os campos do pré-sal e a cooperação única do pré-sal, que garantia minimamente a soberania nacional", afirmou ele, enfatizando a necessidade do processo de luta contínuo da categoria.