Após 4 meses, PF indicia agentes da PRF pelo assassinato de Genivaldo
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Após 4 meses, PF indicia agentes da PRF pelo assassinato de Genivaldo


Genivaldo morreu por asfixia após ser trancado na viatura policial esfumaçada de gás lacrimogêneo (Reprodução)

A Polícia Federal (PF) concluiu o relatório final do inquérito aberto para investigar a morte, por asfixia, de Genivaldo de Jesus Santos, ocorrida no dia 25 de maio durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no município de Umbaúba, no sul do estado de Sergipe. O relatório, entregue nesta segunda-feira (26) ao Ministério Público Federal (MPF), indicia três agentes da PRF por abuso de autoridade e homicídio qualificado (considerando a prática de asfixia e da impossibilidade de a vítima se defender).


O inquérito foi prorrogado três vezes a pedido da PF de Sergipe.


“O inquérito policial foi encaminhado, nesta segunda-feira (26/9), ao Ministério Público Federal para providências de sua competência, permanecendo a Polícia Federal à disposição para quaisquer outras eventuais diligências julgadas necessárias ao apuratório”, disse a PF, em nota.


A morte de Genivaldo gerou forte comoção nacional e muitas críticas pela violência empregada na abordagem. Imagens veiculadas na internet mostram a vítima presa dentro de uma viatura esfumaçada de gás lacrimogêneo. Amarrado e colocado dentro da viatura policial, Genivaldo se debate com as pernas para fora enquanto policiais rodoviários forçam para manter a tampa do porta-malas abaixada, impedindo o homem de sair. A ação durou cerca de 30 minutos. Segundo o Instituto Médico Legal (IML) do estado, Genivaldo morreu de insuficiência aguda provocada por asfixia mecânica.


Genivaldo tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados havia cerca de 20 anos, segundo a família. A PRF alegou que ele foi abordado na BR-101 porque estava andando de moto sem capacete e não obedeceu à ordem de levantar a camisa e colocar as mãos para cima.


Segundo nota técnica divulgada na ocasião pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, "a morte de Genivaldo Jesus Santos chocou a sociedade brasileira pelo nível de sua brutalidade, expondo o despreparo da instituição em garantir que seus agentes obedeçam a procedimentos básicos de abordagem que orientam os trabalhos das forças de segurança no Brasil".


Os agentes Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia seguem afastados de suas funções, mas não estão presos.


Em nota, o MPF confirmou o recebimento do inquérito e explicou que terá 15 dias para análise e apresentação de denúncia.

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