Brasil e China planejam parceria em satélites
A China e o Brasil planejam desenvolver conjuntamente novos satélites para explorar os recursos naturais da Terra e promover ainda mais o desenvolvimento da constelação de satélites de sensoriamento remoto do BRICS. De acordo com especialistas, isso mostra as amplas perspectivas de cooperação aeroespacial entre os dois países.
Nos últimos 30 anos, a China e o Brasil fizeram um bom progresso no projeto do Satélite de Exploração de Recursos Terrestres China-Brasil (CBERS). Especialistas dos dois países fizeram o anúncio em um simpósio sobre cooperação espacial realizado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA) em Pequim.
O projeto CBERS se tornou o projeto de cooperação aeroespacial internacional mais duradouro e influente, segundo os especialistas.
Ma Shijun, gerente de missão do projeto, disse que os países assinaram um acordo para desenvolver conjuntamente o CBERS em 1988, compartilhando os custos e desenvolvendo separadamente seus sistemas. Os dois lados tinham vantagens e se complementavam, disse Ma.
Em 1999, o primeiro satélite sino-brasileiro para estudar os recursos terrestres foi lançado com sucesso. Foi a primeira espaçonave desenvolvida em conjunto pela RPC e por outro país. Ela foi reconhecida como uma das 10 principais realizações científicas e tecnológicas do ano na China.
A China e o Brasil desenvolveram em conjunto seis satélites para estudar os recursos da Terra. O CBERS-4 e o CBERS-4A estão operando em órbita com sucesso.
Os dados dos satélites servem para o desenvolvimento socioeconômico dos dois países e são amplamente utilizados nas áreas de recursos naturais, agricultura, silvicultura, geologia, recursos hídricos, planejamento urbano e proteção ambiental.
Eles também ajudam a monitorar desastres globais, como incêndios florestais, enchentes, terremotos e tsunamis. Os dados de satélite são fornecidos gratuitamente aos países em desenvolvimento.
José Raimundo Braga Coelho, ex-presidente da Agência Espacial Brasileira que participou do simpósio, recebeu recentemente o Prêmio da Amizade do governo chinês em reconhecimento à sua extraordinária contribuição para o desenvolvimento da cooperação aeroespacial entre a RPC e o Brasil.
A CNSA disse que a cooperação aeroespacial entre a China e o Brasil trará grandes benefícios e contribuirá para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, segundo informa Xinhua News Agency, o parceiro da rede TV BRICS.
Fonte: TV BRICS, parceira do TODA PALAVRA
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