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BRICS: avançam as negociações para sistema próprio de pagamento

As negociações para um sistema próprio de pagamento entre os países do BRICS, que dispensa a conversão para o dólar, teve avanços, mencionou o comunicado final dos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do grupo. Segundo o documento, houve progresso na identificação de possíveis caminhos para a “interoperabilidade” dos sistemas de pagamentos de países membros.

Foto: Lucas Landau / MF
Foto: Lucas Landau / MF

De acordo com o texto, os países avançaram em reconhecer formas de estimular as transações em moedas locais dos membros do BRICS e de reduzir custos nas operações. No entanto, o documento não detalha os progressos alcançados. Isso porque as negociações continuarão no segundo semestre, antes que a Índia assuma o comando do BRICS, em 1º de janeiro de 2026.


“Seguindo a instrução de nossos líderes na Declaração de Kazan [na Rússia] para continuar a discussão sobre a Iniciativa de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS, reconhecemos o progresso alcançado pela Força-Tarefa de Pagamentos do BRICS na identificação de possíveis caminhos para apoiar a continuação das discussões sobre um maior potencial de interoperabilidade dos sistemas de pagamentos do BRICS”, destacou o comunicado no 13º parágrafo.


Embora não detalhe os avanços no sistema de pagamentos em moedas locais, o documento cita esforços como o relatório “Sistema de Pagamentos Transfronteiriços do BRICS”, elaborado pelo Banco Central do Brasil. O documento lista as preferências dos países do bloco para facilitar “pagamentos transfronteiriços rápidos, de baixo custo, mais acessíveis, eficientes, transparentes e seguros”.


Segundo o comunicado, um sistema alternativo de pagamentos entre os países do BRICS pode “sustentar maiores fluxos de comércio e investimento”.


Acordo de Reservas


Os ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do BRICS anunciaram a revisão do Acordo de Reservas Contingentes (ARC) para incluir novas moedas. Esse é um mecanismo de ajuda financeira mútua criado em 2014 em caso de dificuldades no balanço de pagamentos (contas externas e investimentos estrangeiros).


Após a revisão do acordo, as novas regras serão discutidas internamente pelos países do BRICS. Além disso, uma reunião no segundo semestre, ainda sem data definida, discutirá a adesão dos novos membros do BRICS ao ACR.


“Aguardamos ansiosamente essas alterações como base para discussões que visam aumentar a flexibilidade e a eficácia do mecanismo do ACR, notadamente por meio da incorporação de moedas de pagamento elegíveis e da melhoria da gestão de riscos”, destacou o comunicado.


Transição ecológica


Em relação à transformação ecológica, o comunicado final informou que os países do BRICS começaram a discutir uma linha de garantia multilateral. Ativos usados para cobrir eventuais inadimplências, as garantias reduzem o risco das operações e melhoram a qualidade de crédito dos países do Sul Global.


A futura linha de garantia será desenvolvida pelo Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido como Banco dos BRICS, sem a necessidade de os países aportarem capitais adicionais à instituição financeira. Uma iniciativa piloto será elaborada em 2025 para relatar o progresso na Reunião de Cúpula do BRICS de 2026, na Índia.


Sobre a agenda climática, o comunicado final destacou que os países do BRICS acreditam que um financiamento “previsível, equitativo, acessível e economicamente viável é indispensável para transições justas” e, com ajuda do capital privado, será possível enfrentar o aquecimento global.


“Apelamos às instituições financeiras internacionais para que ampliem o apoio à adaptação [climática] e ajudem a criar um ambiente propício que incentive uma maior participação do setor privado nos esforços de mitigação [do aquecimento global]”, afirmaram os ministros de finanças e presidentes de Bancos Centrais do BRICS.


Transações


O BRICS é um bloco que reúne representantes de 11 países membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia. Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.


Sob a presidência do Brasil, a 17ª Reunião de Cúpula do BRICS ocorre no Rio de Janeiro nos dias 6 e 7 de julho.


Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do BRICS receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto compramos desses países 34% do total do que importamos.


Fonte: Agência Brasil

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