Campanha pede fim da violência contra meninas e mulheres
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Campanha pede fim da violência contra meninas e mulheres

De 20 de novembro a 10 de dezembro, a ONU Brasil mobiliza parcerias com governos, parlamentos, sistema de justiça, empresas e sociedade civil através do campanha “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres e meninas - Vida e dignidade para todas”. A iluminação na cor laranja do Congresso Nacional no sábado, Dia da Consciência Negra (20/11), marcou o início das ações que ocorrerão nos próximoa 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres no país. A programação terá eventos on-line e presenciais, iluminações de outros prédios, assim como conteúdos publicados nas redes sociais e sites da ONU Brasil e instituições parceiras.

Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado

Desenvolvida desde 2008, a iniciativa completa três décadas de mobilização internacional. A campanha da ONU Brasil pede união de esforços para garantir a vida e a dignidade a todas as mulheres e meninas, inclusive na recuperação da covid-19. A pandemia exacerbou fatores de risco para a violência contra mulheres e meninas, incluindo desemprego e pobreza, e reforçou muitas das causas profundas, como estereótipos de gênero e normas sociais preconceituosas.

Silvia Rucks / Divulgação, ONU Brasil

Estima-se que 11 milhões de meninas podem não retornar à escola, o que aumenta o risco de trabalho infantil. Estima-se também que os efeitos econômicos prejudiquem mais de 47 milhões de mulheres e meninas vivendo em situação de pobreza extrema em 2021, revertendo décadas de progresso e perpetuando desigualdades estruturais que reforçam a violência contra as mulheres e meninas.


“A campanha aborda as diferentes causas da violência contra esse grupo social e demonstra por meio de propostas concretas os diferentes caminhos para superar o problema”, explica a coordenadora residente do Sistema ONU no Brasil, Silvia Rucks.


“A violência contra mulheres e meninas afeta a todas e todos nós e depende do engajamento das pessoas, das empresas e das instituições públicas e privadas para ser superada”, completa.



No Brasil


A campanha deste ano pretende visibilizar a complexidade da violência contra as mulheres e meninas, em que suas identidades e condições de vida acentuam e ampliam vulnerabilidades para mulheres e meninas negras, indígenas, quilombolas, LBTQIAP+ (lésbicas, bissexuais, trans, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais, entre outras), com deficiência, idosas, migrantes e refugiadas. Para tanto, entende ser fundamental a abordagem interseccional de análise sobre as situações de violência sofridas pelas mulheres e meninas, entendendo que elas são diferentes a partir dos locais concretos e simbólicos ocupados por elas.


A iniciativa pretende evidenciar que a violência contra mulheres e meninas não ocorre apenas no ambiente privado: dentro de casa ou no corpo (como nos caso da violência doméstica e da violência sexual). Ela também está presente em espaços públicos, no ambiente de trabalho, na política institucional, nos esportes, nos ambientes online, nos meios de comunicação, e também no contexto da promoção e defesa de direitos.


Destaca, também, a prevenção e eliminação das diversas formas de violência, apresentando ações e histórias de mulheres que defendem direitos e promovem a igualdade de gênero.

Divulgação

Baseada no entendimento de que a violência contra mulheres e meninas é uma violação de direitos humanos, esta edição também tem como objetivo estimular uma mudança de paradigma, eliminando a ideia de mulheres 'vítimas de violência' (passivas, em uma condição insuperável) e fomentando a noção de que essas mulheres são pessoas 'em situação de violência' ou ‘que sofreram violência’.


Tal mudança estimula o entendimento de que a violência é um desafio superável e que pode ser prevenida, além da visão de mulheres como protagonistas da defesa e promoção de direitos humanos, desenvolvimento sustentável, justiça climática e democracia, cujas contribuições beneficiam toda a sociedade.


Também reconhece, a partir disso, que a violência afeta todas as dimensões das vidas das mulheres que a vivenciaram e que toda a sociedade é responsável pela sua erradicação. Em outra linha de ação, a campanha quer engajar homens e meninos como aliados dos direitos das mulheres e para atingir a igualdade de gênero, da qual eles também se beneficiam.


A campanha “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres” terá como um dos focos o empoderamento de meninas e jovens por meio do esporte, como ferramenta fundamental para prevenção e eliminação da violência contra mulheres e meninas. Com histórias e experiências compartilhadas, a campanha mostrará como o esporte desenvolve habilidades para a vida das meninas, como autoconfiança, autonomia e liderança, fazendo com que rompam com estereótipos de gênero e com o ciclo de violência, não só individualmente, mas em seu entorno.

Foto: Marcello Casal Jr. /Agência Brasil

Ações no país


A programação da campanha em 2021 conta com eventos on-line e presenciais, iluminações de prédios na cor laranja em adesão global à mensagem da prevenção da violência, assim como diversos conteúdos publicados nas redes sociais e sites da ONU Brasil e instituições parceiras. Serão ações direcionadas a ampliar a conscientização e responsabilização de toda a sociedade e suas instâncias para a realidade da violência contra as mulheres e meninas, chamando para o engajamento à causa.


Além da iluminação no Congresso Nacional, em Brasília, o Abrigo Rondon V, em Roraima, aderiu à campanha e vai manter luzes laranja na fachada até o dia 26 de novembro. A Casa da Mulher Brasileira, em Boa Vista (RR), também será iluminada na mesma cor entre 27 de novembro e 4 de dezembro. Em 29/11 acontece o evento on-line “Juntas e juntos para pôr fim à Violência contra Defensoras de Direitos Humanos e do Meio Ambiente”, transmitido nas redes da ONU Brasil.


16 Dias de Ativismo


A campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que completa 30 anos em 2021, foi criada por ativistas do Instituto de Liderança Global das Mulheres em 1991.


Desde então, mais de 6.000 organizações em 187 países participaram da campanha, alcançando 300 milhões de pessoas. Ela continua a ser coordenada, a cada ano, pelo Centro para Liderança Global de Mulheres (CWGL, na sigla em inglês) e é usada como estratégia de organização por pessoas, instituições e organizações em todo o mundo para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas.


Em todo o mundo, os 16 Dias de Ativismo abrangem o período de 25 de novembro (Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a mobilização se iniciou em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, para incluir ações de combate ao racismo e ao sexismo, e de enfrentamento à violência contra mulheres e meninas negras.

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ODS 5


Desde os primeiros meses da pandemia de covid-19, o secretário-geral da ONU, António Guterres, vem fazendo apelos pelo fim da violência contra mulheres e meninas e pedindo paz no lar e o fim da violência em toda parte. Mais de 140 países expressaram apoio, e 149 países adotaram cerca de 832 medidas, conforme destacado na Resposta Global de Gênero à pandemia, coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) com colaborações técnicas substantivas da ONU Mulheres.


Por meio da Estratégia de Engajamento Político do Secretário-Geral da ONU sobre Violência baseada em Gênero, o Sistema das Nações Unidas mobilizou várias partes interessadas para atender às necessidades imediatas e vulnerabilidades de longo prazo de meninas e mulheres em risco de violência e reconheceu o papel-chave que as organizações de direitos das mulheres desempenharam durante a crise global. Para tanto, a ONU ativou suas plataformas e redes a fim de mobilizar compromissos e ações para acabar com a violência baseada em gênero no contexto da covid-19.


A campanha UNA-SE articula compromissos com as Coalizões de Ação Geração Igualdade, especialmente a de Violência Baseada em Gênero, para acelerar investimentos, sensibilizar autoridades públicas para políticas de prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas e mobilizar diversos setores em torno da causa.


A campanha se baseia nas determinações da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim e se orienta rumo ao alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, especialmente o ODS 5, que pretende alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas. A iniciativa busca a adesão de governos, parlamentos, sistema de Justiça, empresas, academia e sociedade para a prevenção e a eliminação da violência contra mulheres e meninas.



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