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Castro levou propina como vereador e vice-governador, diz delator


Governador Cláudio Castro, candidato à reeleição (Reprodução)

Candidato à reeleição, o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL) recebeu propina enquanto vereador e vice-governador, de acordo com delação feita ao Ministério Público do Rio (MP-RJ) pelo empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva, ex-assessor de Castro. As informações são do portal UOL, que teve acesso aos relatos colhidos no processo da Operação Catarata, que investiga fraudes em projetos sociais da prefeitura do Rio na gestão de Marcelo Crivella e do governo estadual.


Segundo o delator, Cláudio Castro recebeu propina de 20 mil dólares (R$ 104 mil na cotação atual) no exterior. Com o dinheiro, o atual governador teria custeado viagem com a família a Orlando, na Flórida, onde ficam parques da Disney. Em outra delação, o empresário disse que Castro, à época que era vice-governador, carregou propina em uma mochila.


"Marcus Vinícius afirma que, como vereador, Castro intercedeu, em 2017, junto ao então prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) para que dois contratos —de uma ONG ligada ao delator e de uma empresa de Flávio Chadud— fossem incorporados pela SUBPD (Subsecretaria de Pessoa com Deficiência), sob o comando de aliados do grupo", diz a reportagem. Antes, os contratos ficavam com a Secretaria de Envelhecimento Ativo e depois com a Secretaria de Desenvolvimento Social. "O delator conta que os contratos foram transferidos para a SUBPD após a intervenção de Castro —em troca disso, o então vereador votaria a favor do aumento do IPTU, projeto de lei impopular proposto logo no início da gestão Crivella. Lá na SUBPD, esses dois contratos passaram a dar propina e capital político para o então vereador Cláudio Castro, em 2017 para 2018. Aí, acabou o dinheiro, isso morreu em fevereiro de 2018. Mas, no mesmo ano, ele foi eleito vice-governador".


"Aquela gravação que depois passou na mídia, em relação à mochila, que ele [Castro] foi na manhã da véspera da operação [Catarata], aquilo ali foi para ele receber o recurso que foi destinado, que foi pago, dias antes foi liberado pelo estado. Ele foi receber a parte dele lá no escritório, R$ 120 mil, uma parte dos recursos que haviam sido liberados atrasados. [...] Aquela imagem foi exatamente o Cláudio na véspera indo lá para poder pegar o recurso. Tanto que no dia da operação ainda tinha uns R$ 300 mil dentro do cofre porque o Bruno [ex-funcionário] e o Flávio ainda iam distribuir para mais agentes", disse Marcus Vinícius no depoimento, citado pelo UOL.


Segundo o delator, havia desde 2015 um esquema para beneficiar Cláudio Castro, enquanto vice-governador, e o empresário Flávio Chadud com contratos de projetos sociais da Fundação Leão XIII.


Por meio de sua assessoria de imprensa, Castro disse: "não comento ações que estão em segredo de Justiça. O vazamento desse conteúdo é criminoso e visa única e exclusivamente interferir no processo eleitoral. Infelizmente no Rio de Janeiro há uma indústria de delações feitas por criminosos que querem se livrar da cadeia e acusam autoridades de forma leviana".


A defesa de Flávio Chadud declarou: "são duas delações combinadas, sem prova alguma. O delator disse que não presenciou e não estava no local. É uma obra de ficção na base do 'ouvir dizer'. [Chadud] Nunca fez pagamento no Brasil ou no exterior a qualquer agente público. São afirmações mentirosas para sustentar benefícios graciosos e manter a sua impunidade".

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