Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita
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Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita

Atualizado: 11 de out. de 2022

No Dia Nacional de Combate à Sílis e à sífilis congênita, comemorado este ano em 15 de outubro (terceiro sábado do mês), a Associação Médica Fluminense (AMF) inaugura, na sala Waldenir Bragança, a exposição 'Precisamos falar mais sobre sífilis, sem preconceitos'. O objetivo é chamar a atenção do público para a gravidade desta doença sexualmente transmissível, utilizando a arte para ajudar a contar sua história através dos tempos.

Arquivo / Divulgação

Com o apoio da Sociedade Brasileira de DST e do Setor de DST/IST da Universidade Federal Fluminense (UFF), a mostra tem a curadoria do Dr. Mauro Romero Passos — médico especialista em DST/IST e professor titular chefe do Setor de DST da Universidade Federal Fluminense (UFF) — e fica em cartaz até 7 de junho de 2023. A entrada é franca.


Sucesso de público no Rio de Janeiro, onde foi exibida de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022, no Paço Imperial (veja aqui), a exposição tem formato inédito, reunindo ciência e arte através de ilustrações em paineis, além de obras de arte de pintores como os holandeses Edvard Munch e Rembrandt van Rijn. Munch revelou o drama da sífilis congênita ainda em 1906, no quadro 'A Herança', com a figura da mãe enlutada e a criança morta em seu colo. E bem antes disso, Rembrandt mostrou as marcas da sífilis congênita estampadas no rosto de Gerard de Lairesse, em retrato pintado em 1665.


"Essa talvez seja a primeira iniciativa no mundo que usa a arte para difundir conhecimento sobre a sífilis. Trazer a mostra para Niterói é importante para conscientizar a população, estudantes e profissionais de saúde da cidade", diz ele.

Edvard Munch, 'Herança', 1906

Números da doença


Os números da doença no Brasil são preocupantes. Em 11 anos, os casos de sífilis adquirida aumentaram 16 vezes. Somente no primeiro semestre de 2021, segundo os dados do Ministério da Saúde, 64.300 casos de sífilis adquirida foram registrados no país. Os homens representam mais de 62% dos casos, mas são as mulheres e bebês que sofre as consequências mais devastadoras, já que a doença é transmitida ao feto na gestação ou no parto.


Também nos primeiros seis meses deste ano, 27.213 mulheres tiveram sífilis durante a gravidez. A maior parte tinha entre 20 e 29 anos e mais de 60% eram pardas ou negras. No mesmo período, quase 11 mil (10.968) crianças menores de um ano de idade tiveram sífilis congênita, ou seja, foram contaminadas pela mãe. Quase todas as crianças (96,2%) receberam o diagnóstico positivo com até uma semana de vida. Foram registrados ainda 330 abortos e 267 natimortos, que é quando o feto não sobrevive além de 20 semanas de gestação.


Já No estado do Rio, quase seis mil pessoas (5.908) adquiriram sífilis no primeiro semestre do ano. E em todo o território fluminense, 4331 gestantes tiveram a doença. Em Niterói, foram registrados 126 casos de sífilis adquirida em 2021. Em gestantes, foram 41 casos, além de 35 crianças menores de 1 ano com sífilis congênita.

Dr. Mauro Romero Passos / Divulgação

"Há muitas décadas conhecemos o agente etiológico, o diagnóstico e o tratamento. Esse é um desafio para toda a sociedade brasileira: reconhecer, trabalhar e reverter os absurdos números de casos de sífilis congênita e de óbitos fetais e não fetais no Brasil. Pois estes representam um atestado de má qualidade de pré-natal, uma negligência que não cansa de nos envergonhar. Ao mesmo tempo, é uma vergonha que não cansamos de negligenciar", observa o Dr. Mauro Romero Passos.



Atividades gratuitas paralelas à exposição:


15/10 (sábado), às 18h

Interpretação da canção Dia da criação, de Vinícius de Moraes, com alunos da Liga Acadêmica de IST da UFF, da disciplina optativa de DST da UFF e de alunos

de medicina da Universidade de Vassouras.


16/10 (domingo), às 15h

Cine Pipoca Debate com exibição do filme Miss Every’s Boys (Cobaias). Mediadores: alunos da Liga Acadêmica de IST da UFF, alunos da disciplina optativa de

DST da UFF, alunos de medicina da Universidade de Vassouras e professor Mauro Romero Leal Passos.


22/10 (sábado), às 17h

Interpretação do fado Sangue Lusitano de Chico Buarque de Holanda, com alunos da Liga Acadêmica de IST da UFF e alunos da optativa de DST da UFF.


23/10 (domingo), às 15h

Cine Pipoca Debate com exibição do filme Heleno, com Rodrigo Santoro. Tema em debate: sem o devido tratamento, a evolução da sífilis pode levar a uma

tragédia.


29/10 (sábado), Às 17h

Leitura de texto do livro Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, sobre a sifilização do Brasil. Com alunos da Liga Acadêmica de IST da UFF, alunos da

optativa de DST da UFF e Thiago Petra.


Ficha Técnica:


Curador: Mauro Romero Leal Passos (UFF, SBDST)

Equipe da Curadoria: Tiago Petra, Zelina Caldeira (AMF).

Direção Artística: Eduardo Tenorio

Produção: Tenorio Produções

Realização: Associação Médica Fluminense, Sociedade Brasileira de DST-RJ, Setor de DST da Universidade Federal Fluminense


Serviço


Exposição 'Precisamos falar mais sobre sífilis, sem preconceitos'

Período: de 15 de outubro de 2022 até 7 de junho de 2023

-Horário de visitação: de terça a domingo, das 10h às 20h

Local: Associação Médica Fluminense - Sala Waldenir Bragança

Endereço: Avenida Roberto Silveira, 123, Icaraí

Entrada Franca



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