Encontro reúne pensadores da cultura afro-brasileira
Para celebrar o Dia da Consciência Negra, a Sala de Cultura Leila Diniz, no Centro de Niterói, promoveu na última segunda-feira (21/11) o evento Ubuntu – Caminhos da Ancestralidade. O funcionário da Imprensa Oficial do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Chagas, apresentou um grande encontro com pensadores e representantes da cultura afro-brasileira.
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Com franqueza, “Nete Preta” contou a história de aceitação do seu cabelo e comoveu a plateia ao se mostrar uma mulher forte, que superou os traumas de infância e o preconceito da sociedade. Ela ministrou uma oficina de turbantes e fez vários tipos de amarrações em homens e mulheres que se prontificaram a testar o novo visual.
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O historiador Sérgio Jitu relatou a dificuldade do negro em sobreviver e se inserir na sociedade no período pós-abolição, uma chaga que o Brasil carrega até os dias de hoje.
Em uma passagem do texto “A cor que falta na nossa bandeira”, do jornalista Luiz Augusto Erthal, proferido durante o evento, a narrativa de uma realidade nacional:
“Negra é a cor predominante da gente brasileira. Os matizes da pele do povo africano, por tanto tempo humilhado e supliciado em nossas terras, sobrepujaram a escravidão e se impuseram na miscigenação das raças como preponderantes, com toda a riqueza que carregam e que nos legaram. Por eles somos bons de bola, temos samba no pé e cantamos ao mundo a alegria e a liberdade duramente conquistadas, dia a dia. Em nome dessa liberdade tão preciosa e para que o reconhecimento e o respeito à igualdade racial, mais que lei, sejam, de fato, um dogma coletivo da nossa civilização é que comemoramos, neste 20 de novembro, o Dia Nacional da Consciência Negra.”
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A temática do evento é a proposta da prática da palavra Ubuntu, que é a capacidade humana de compreender, respeitar e tratar o outro bem.
E, nesse clima de união, todos participaram das apresentações culturais comandadas pelo “Mestríssimo Aranha”: samba de roda, jongo, maculelê e capoeira.
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Ao final, os participantes receberam um certificado das mãos da presidente da Imprensa Oficial, Patricia Damasceno, que agradeceu a presença e comentou:
“Esse evento foi justo, necessário e demonstrou o valor e a potência do que foi dito e praticado aqui hoje.”