Governadores apoiam STF contra ameaças de Bolsonaro
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Governadores apoiam STF contra ameaças de Bolsonaro


(STF)

Governadores de 13 estados e do Distrito Federal (DF) divulgaram nesta segunda-feira (16) um documento em solidariedade ao Superemo Tribunal Federal (STF) e seus ministros, após ameaças do presidente Jair Bolsonaro e de ter afirmado no último sábado que vai apresentar ao Senado um pedido para abertura de processos contra os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barros, do STF.

"O Estado Democrático de Direito só existe com Judiciário independente, livre para decidir de acordo com a Constituição e com as leis [...]. No âmbito dos nossos Estados, tudo faremos para ajudar a preservar a dignidade e a integridade do Poder Judiciário. Renovamos o chamamento à serenidade e à paz que a nossa nação tanto necessita", escrevem os chefes de governos estaduais.

Sem citar o nome do presidente, os governadores afirmam que são solidários ao tribunal e "aos seus ministros e às suas famílias, em face de constantes ameaças e agressões" por parte de Jair Bolsonaro.

O documento é assinado pelos governadores de Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

A avaliação de líderes partidários e de ministros é que as pressões de Bolsonaro serão infrutíferas.

Prisão de Jefferson

Alvo de dezenas de pedidos de impeachment, Bolsonaro anunciou que irá ao Senado entregar pedidos de impeachment dos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. A iniciativa foi uma resposta à determinação de Moraes para a prisão do ex-deputado bolsonarista e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, acusado de participação em um esquema de milícias digitais.

Bolsonaro tem levantado suspeições sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, mesmo reconhecendo não existirem provas, atacado o STF e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como uma demonstração de que não aceitará uma derrota em 2022, e deixando no ar uma ameaça de golpe. Tudo isso ocorre num contexto de alta da rejeição a seu nome nas pesquisas e com a ascensão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparada na preferência dos eleitores.

'Filho da puta'

Os ataques de Bolsonaro já foram respondidos inclusive pelo presidente do STF, Luiz Fux, que sempre se mostrou aberto ao diálogo com Bolsonaro.

"Nos últimos dias, o presidente da República tem reiterado ofensas e ataques de inverdades a integrantes desta Corte, em especial os ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Sendo certo que, quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro", disse o magistrado em pronunciamento em 5 de agosto, dia em que Bolsonaro ameaçou Moraes ao dizer que "a hora dele vai chegar". Isto, após o ministro ter decidido pela inclusão de Bolsonaro no inquérito das fakenews devido aos ataques com declarações mentirosas à segurança da votação eletrônica.

No dia seguinte (6), Bolsonaro chamou Barroso de "filho da puta".

Na última terça-feira (10), Bolsonaro promoveu um desfile de tanques e blindados na Esplanada dos Ministérios, no Palácio do Planalto e ao lado do Congresso. O ato, desnecessário e visto como uma ameaça golpista, foi rechaçado pela sociedade civil organizada e mal visto também no meio militar da ativa.

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