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Indígenas: tragédia é maior que a anunciada pelo governo


Na última segunda-feira (8), a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde anunciou a ocorrência de 82 mortes e 2.085 casos de Covid-19 entre indígenas de 500 aldeias do Brasil. No entanto, segundo dados da Coordenação das Organizações Indígenas na Amazônia Legal brasileira (Coiab), que inclui na coleta de seus dados também a população indígena que se encontra fora de seus territórios, o número de mortes por contaminação pelo novo coronavírus pode ser até três vezes maior. Pela entidade, eram registrados até esta quarta-feira (10) 228 óbitos, 2.908 confirmados e 386 casos suspeitos em 76 povos da Amazônia brasileira.

A Coiab passou a fazer a contagem a partir da constatação de que o Boletim Epidemiológico da Sesai exclui 40% da população indígena, que se encontra fora de seus territórios. A Coiab faz a coleta, checagem e sistematização das informações junto a uma rede de organizações indígenas que atuam diretamente na linha de frente das regiões indígenas. Segundo a Coiab, a realidade pode ser bem pior, considerando a subnotificação pela falta de testes, pela carência no atendimento de saúde e pela dificuldade de contato com algumas comunidades.

Escassez

O Amazonas é um dos estados brasileiros mais atingidos pela Covid-19, tendo registrado nesta quarta-feira 1.615 novos casos, totalizando 52.849 casos confirmados, segundo boletim epidemiológico da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).

Por lei, cabe à Sesai oferecer serviços de atenção básica aos povos indígenas brasileiros residentes em terras indígenas homologadas, com visitas domiciliares periódicas pelas Equipes Multidisciplinares de Saúde nas aldeias. Mas, na prática, tal atendimento não acontece como previsto - além da escassez de profissionais de saúde e a falta de equipamentos de proteção das equipes em atendimentos primários.

Apoio do exterior

Na semana passada, enquanto os números da Covid-19 não paravam de crescer no Amazonas, um encontro virtual reunia representantes do Brasil, Peru, Equador, Portugal, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos para a inauguração do Instituto Amigos da Amazônia (Iama). A força-tarefa internacional, que terá sede oficial na cidade do Porto, em Portugal, é uma parceria entre a Fundação Amazonas Sustentável (FAS), a Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA) e a Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. O objetivo é promover ações para a captação de recursos globais para o combate à Covid-19 na Amazônia.

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