Intercept revela a dimensão das provas de Lula contra Moro
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Intercept revela a dimensão das provas de Lula contra Moro


(Reprodução)

O conteúdo da série de reportagens da Vaza Jato, publicadas pelo Intercept Brasil a partir de 9 de junho de 2019, corresponde a apenas 0,56% do arquivo total que hoje a defesa do ex-presidente Lula hoje tem nas mãos.

Essa revelação foi feita pelo próprio Intercept, em artigo do seu editor executivo Leandro Demori, para mostrar a dimensão e o tamanho do acervo, quase 200 vezes maior, que os advogados de Lula dispõem para esmiuçar contra os abusos e parcialidade do então juiz Sérgio Moro e as evidentes ilegalidades cometidas em conluio com os procuradores da Lava Jato.

O tamanho do arquivo da Operação Spoofing, ao qual os advogados passaram a ter acesso com autorização do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), é de 7 terabytes. O tamanho do arquivo da Vaza Jato, cuja parte do conteúdo foi divulgado pelo Intercept em 105 reportagens, é de 43,8 gigabytes.

"As mensagens da Spoofing, custodiadas pelo Estado brasileiro, são muito bem-vindas. Elas corroboram – com perícia – um ano e meio do trabalho dos nossos jornalistas sobre a escancarada parcialidade de Sérgio Moro e as evidentes ilegalidades dos procuradores da Lava Jato", acentua o editor, destacando que o Intercept nunca havia dado esses detalhes (até agora), mas decidiu "dar luz a esses números para debelar especulações e ilações de má fé que têm surgido após o vazamento de trechos da Spoofing. Há interesse público evidente na divulgação dessas informações. Tudo indica que os próximos meses serão intensos, a começar pelo julgamento da atuação de Sergio Moro no caso do triplex do Guarujá. Pelos prognósticos, o STF deve declarar Moro suspeito", destacou.

Advogados de Lula apresentam provas

Nesta segunda-feira (8), uma petição protocolada no STF pela defesa de Lula apresenta novas provas que comprometem a atuação do ex-juiz Sergio Moro com autoridades estrangeiras na condução do processo que levou à prisão do ex-presidente.

O material, agora periciado pela Polícia Federal, atesta ainda a cumplicidade entre o juiz (Moro) e a acusação (procuradores) na combinação de provas, aconselhamentos e reuniões, assim como a postura de desafio ao STF. Em 5 de abril de 2018, dia em que Lula teve prisão decretada por Moro, a procuradora da Lava Jato de Curitiba, Isabel Grobba, revelou a notícia: "Moro manda prender Lula", e Deltan Dallagnol respondeu: "Antes que MA (ministro Marco Aurélio) ferre tudo".

Algumas mensagens, por si só, revelam que a Lava Jato tinha seus próprios caminhos (ilegais) para colaborar com autoridades estrangeiras, sem respeitar os tratados que obrigam o uso de canais oficiais - que no caso seria o Ministério da Justiça.

Mensagens trocadas em 31 de agosto de 2016, antes da prisão do ex-presidente, comprovam esse nível de cooperação entre autoridades brasileiras e estrangeiras. O servidor Sérgio Bruno revelou: "o Janot teve com o pessoal da Embaixada dos EUA na semana passada e parece q comentou sobre esse fato [quebra de arquivos de maneira ilícita], sem entrar em detalhes (sic)".

No mesmo dia, o procurador Roberto Pozzobon cita o alinhamento da força-tarefa também com hackers do FBI (Federal Bureau of Investigation, em inglês): "pedimos para verificarem se o FBI tem expertise para quebrar, considerando o fornecimento de uma chave e a ausência dos arquivos pdf e imagem, e caso contrário se tem algum hacker para indicar, a ser pago pela ODE".


Trecho da petição dos advogados de Lula, apresentada ao STF nesta segunda-feira (Reprodução)

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