STF retira sigilo de diálogos de Moro e Dallagnol sobre Lula
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STF retira sigilo de diálogos de Moro e Dallagnol sobre Lula


Ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (Foto: Nelson Junior/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu nesta segunda-feira (1º) retirar o sigilo judicial sobre uma perícia de 50 páginas de diálogos entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato.

A ação que tramita na mais alta corte do país diz respeito a mensagens da Operação Spoofing às quais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve acesso.

A Operação Spoofing foi deflagrada em julho de 2019, quando foram presos os hackers suspeitos de invadir celulares do ex-juiz Sergio Moro e de integrantes da operação Lava Jato.

Na época, uma parte das mensagens virou escândalo nacional ao ser divulgada com exclusividade pelo site The Intercept Brasil e, em seguida, também por outros veículos de imprensa - o jornal O Globo e a TV Globo não repercutiram as mensagens, que comprometeriam Moro e os procuradores da Lava Jato.

A defesa de Lula busca anular os processos contra o ex-presidente, usando as mensagens como prova de que Sergio Moro atuou em conluio com os procuradores da Lava Jato para condená-lo sem apresentar provas. O material confirma que Moro ajudava os procuradores a construir a ação contra o ex-presidente, dava dicas de procedimentos para acelerar a tramitação das ações penais e até orientou os procuradores a buscar ajuda dos Estados Unidos, entre outras ações incompatíveis com a equidistância que um magistrado deve ter da acusação.

Na semana passada, Lewandowski autorizou que a defesa do ex-presidente tenha acesso integral às mensagens da Lava Jato apreendidas pela Polícia Federal.

Os diálogos, via Telegram, de Sergio Moro com o coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, entre outros procuradores da força-tarefa, mostram orientações de Moro na elaboração da acusação contra Lula, tanto no caso do "triplex" como no do sítio de Atibaia, além do caso envolvendo um terreno que a Odebrecht ofereceu, mas que nunca foi usado para a instalação do Instituto Lula, e um apartamento que pertence ao empresário Glaucos da Costamarques, vizinho ao imóvel que foi utilizado pela família de Lula em São Bernardo do Campo.

Em uma de suas manifestações contra o ex-presidente, Sérgio Moro chegou a usar um emoji para expressar sua felicidade quando soube que os procuradores protocolariam o que seria, à época, a quarta denúncia da Lava Jato – a terceira em Curitiba – contra Lula.

Além do emoji, Moro escreveu “um bom dia afinal”, confirmando sua alegria em ver o ex-presidente denunciado mais uma vez.

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