'Jamais de joelhos', afirma Gustavo Petro sobre sanções dos EUA
- Da Redação
- há 28 minutos
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Em seu primeiro comentário após ser sancionado pelos Estados Unidos nesta sexta-feira (24) e acusado arbitrariamente pelo presidente Donald Trump de envolvimento no tráfico de drogas, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou "combater o narcotráfico com eficiência há décadas" em seu país, e rechaçou: "Um grande paradoxo, mas nem um passo para trás e jamais de joelhos".
As sanções impostas ao presidente colombiano ocorrem em meio a tensões com o governo de Donald Trump pelas incursões militares nas águas do Caribe, sob o pretexto de uma luta contra o narcotráfico.
Também estão entre os sancionados seu filho Nicolás Petro, a primeira-dama, Verónica Alcocer, e o ministro do Interior, Armando Benedetti.
Em sua conta nas redes sociais, o presidente colombiano escreveu: "De fato, a ameaça de Bernie Moreno [senador republicano dos EUA de origem colombiana] foi cumprida: minha esposa, meus filhos e eu fomos incluídos na lista do OFAC [Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA]. Meu advogado de defesa será Dany Kovalik, dos EUA".
E ainda enfatizou: "Combater o narcotráfico com eficácia há décadas me traz essa medida do governo da sociedade que tanto ajudamos a acabar com o uso de cocaína. Um grande paradoxo, mas nem um passo para trás e nunca de joelhos."
Nas últimas semanas, os EUA têm usado repetidamente suas Forças armadas para destruir barcos no mar do Caribe, sob a justificativa de que transportavam drogas. Comentando um ataque a uma dessas embarcações em 16 de setembro, Petro declarou que os americanos haviam cometido assassinatos e violado a soberania colombiana ao bombardear um barco de pesca em suas águas.
Depois disso, Trump anunciou a suspensão de todos os pagamentos ou subsídios à Colômbia e exigiu que Petro interrompesse imediatamente a produção de drogas no país, para que os EUA não "fizessem isso por ele". O líder colombiano, por sua vez, negou qualquer envolvimento no tráfico.
"Gringos, go home"
Com a frase: "Gringos, go home" (gringos, vão para casa), o ministro do Interior da Colômbia, Armando Benedetti, reagiu à sua inclusão – junto com o presidente Gustavo Petro e familiares do mandatário – na lista de sanções
"Por ter defendido a dignidade do país e que o presidente Gustavo Petro não é um narcotraficante. Isso demonstra que todo império é injusto e que sua luta antidrogas é uma farsa armamentista", escreveu em seu perfil de X o ministro.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, justificou a medida contra o presidente colombiano, afirmando, sem apresentar provas, que, desde que assumiu o cargo mais alto do país em agosto de 2022, "a produção de cocaína na Colômbia disparou para a maior taxa em décadas, inundando os EUA e envenenando os americanos".
Com informações da RT






