Jovens com deficiência esperam por vacina em Niterói
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Jovens com deficiência esperam por vacina em Niterói

Por Ana Clara Paiva


Excluídos dos primeiros grupos prioritários no calendário de imunização do covid-19, por ainda não haver estudos que comprovassem os resultados da aplicação em menores de idade, adolescentes entre 12 e 17 anos com deficiência ou comorbidades ainda esperam o aval da prefeitura de Niterói para receber a vacina.

Marinalva Oliveira e o filho Gabriel, de 15 anos / Arquivo Pessoal

Desde o dia 11/6 a ANVISA passou a autorizar a aplicação do imunizante da Pfizer também em pessoas na faixa-etária entre 12 e 17 anos. Um grupo de mães e pais de jovens com comorbidade ou deficiência em Niterói decidiu se organizar através das redes sociais para reivindicar a vacinação prioritária para seus filhos.


O grupo é liderado pela doutora em psicologia Marinalva Oliveira e é composto por cerca de 50 famílias que buscam a adoção de um calendário que priorize os adolescentes. A imunização, segundo ela, é fundamental para que eles possam voltar a integrar os espaços sociais gradativamente e, em especial, para que possam voltar às aulas presenciais nas escolas que estão reabrindo.

Marinalva conta que o grupo começou a se organizar quando a ANVISA liberou a aplicação do imunizante em adolescentes, visto que o atendimento prioritário está previsto na lei Nº 13.146, de inclusão da pessoa com deficiência. A OMS também reconhece que as pessoas com deficiência e comorbidade apresentam maior vulnerabilidade de contrair o coronavírus.


“Quando alguém desse grupo contrai a covid elas apresentam formas mais graves da doença, porque elas têm imunidade mais baixa, comorbidades associadas e dificuldade para seguir os protocolos de segurança, como no caso das pessoas com autismo que não conseguem usar máscara param se proteger. Existem vários estudos mostrando que o índice de morte nessa população em decorrência da covid é ainda maior que na população geral”.


A associação vem recebendo apoio de diferentes setores da sociedade civil de Niterói, como a Comissão de Diversidade e Inclusão da OAB–Niterói, além de parlamentares da cidade.


Vereador Paulo Eduardo Gomes / Divulgação

No dia 29/6 o presidente da Comissão de Saúde e Bem-Estar Social, vereador Paulo Eduardo Gomes (PSOL), encaminhou um ofício para o prefeito Axel Grael apresentando os riscos de prejuízo nas habilidades e interações sociais que esses adolescentes podem sofrer se não houver uma perspectiva de retorno às suas rotinas escolares e terapêuticas após a vacinação.


"Como presidente da Comissão de Saúde defendo que é necessário que adolescentes com deficiência permanente e/ou comorbidades sejam priorizados imediatamente, para terem o direito ao retorno às atividades presenciais sem correrem riscos, como aulas junto aos demais estudantes. Afinal, se não for vacinada, essa população será excluída da escola, o que ocasionará aprofundamento do capacitismo já tão presente historicamente", defendeu o vereador Paulo Eduardo.


Na última segunda-feira (5/7), o presidente da Comissão dos Direitos da Juventude, do Idoso, da Mulher e da Pessoa Com Deficiência, vereador Professor Túlio (PSOL,) convidou o grupo de mães e pais para participar de uma audiência pública na Câmara Municipal de Niterói para discutir a inclusão escolar de pessoas com deficiência na rede do município.


Vereador Professor Tulio / Divulgação

"A partir do momento em que a Anvisa aprovou o uso da vacina da Pfizer em adolescentes com idade entre 12 e 17 anos, nosso mandato se colocou à disposição para lutar pela imunização de pessoas com deficiência ou comorbidades nessa faixa etária. Nós estamos em constante diálogo com mães e pais de adolescentes com deficiência ou comorbidades. Inclusive, protocolamos uma Indicação Legislativa para que a Prefeitura de Niterói inclua esses adolescentes na prioridade do calendário de vacinação" afirmou Túlio.


A reportagem do Toda Palavra solicitou à prefeitura uma posição sobre a inclusão desse público nos grupos prioritários de vacinação em Niterói, mas até o fechamento da matéria não houve resposta.


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