Lula avalia projeto que reduz pena de Bolsonaro: 'Ele tem que pagar'
- Da Redação
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira (11) que só decidirá sobre um eventual veto ao chamado Projeto de Lei da Dosimetria quando o texto, aprovado pela Câmara dos Deputados na madrugada de quarta-feira (10), chegar ao Poder Executivo. No entanto, segundo o Globo, o Planalto avalia a possibilidade de vetar privilégios destinados a Jair Bolsonaro (PL) e outros integrantes da cúpula golpista.
O projeto de lei reduz as penas impostas aos condenados pela trama golpista que resultou nos ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023, e ainda será analisado pelo Senado.
“Não gosto de dar palpite numa coisa que não diz respeito ao Poder Executivo. É uma coisa pertinente ao Poder Legislativo. Eles estão discutindo. Tem gente que concorda, tem gente que não concorda”, disse Lula.
Lula comentou o tema durante entrevista à TV Alterosa, em Minas Gerais, enfatizando que Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão “porque tentou fazer uma coisa muito grave”.
“A discussão agora vai pro Senado e vamos ver o que vai acontecer, quando chegar na minha mesa eu tomo a minha decisão. Eu e Deus sentados, tomarei a decisão, farei aquilo que eu entender que deva ser feito porque ele tem que pagar pela tentativa de golpe, tentativa de destruir a democracia desse país. Ele sabe disso, não adianta ficar choramingando agora”, afirmou.
“Ele não fez brincadeira. Ele tinha um plano arquitetado para matar a mim, matar o Alckmin, matar o Alexandre de Moraes. Ele tinha um plano para explodir um caminhão no aeroporto de Brasília. E ele tinha um plano de sequestrar o Poder, já que ele perdeu as eleições.”
“Se ele tivesse a postura que eu tive quando perdi três eleições, se ele tivesse a postura que teve o PSDB quando perdeu três eleições, se ele tivesse a postura de todo mundo que é democrático e que respeita as instituições, ele não estaria preso. Poderia estar concorrendo agora às eleições,” afirmou Lula.
“Mas ele tentou encurtar o caminho. Tentou convencer alguns militares, que também estão presos. E deu nisso que deu. Então, agora, é o seguinte: deixa o Poder Legislativo se manifestar. Quando chegar na mesa do Poder Executivo, eu vou tomar a minha decisão”, concluiu o presidente.






