No Fio da História: Lula defende Sul Global na ONU
- Mehane Albuquerque
- há 21 minutos
- 2 min de leitura
Ao abrir a octogésima reunião anual da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu, no mais importante púlpito da geopolítica, um papel protagonista na liderança do Sul Global. Além de empunhar as bandeiras da soberania e da democracia, como princípios inegociáveis da sociedade brasileira, Lula defendeu a Venezuela contra os ataques e intimidações de uma esquadra norte-americana deslocada para o mar do Caribe; exigiu a retirada de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo; denunciou com veemência o genocídio do povo palestino em Gaza e exaltou o multilateralismo como antídoto contra as sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos.

Sem se intimidar com os arreganhos de Donald Trump, o presidente brasileiro se portou como um autêntico embaixador da maioria global, falando em nome de organismos como o Mercosul, a Asean e o BRICS, cuja presidência o Brasil exerce até o final deste ano.
Lula foi entusiasticamente aplaudido pelos membros da Assembleia Geral da ONU e, curiosamente, recebeu elogios do próprio Donald Trump, que o sucedeu como orador, com um discurso repleto de ameaças, negacionismos, fake news e auto-promoção.
No Brasil, os descalabros despudorados do Centrão e da extrema direita, na tentativa de blindar parlamentares para torná-los imunes ao crivo da Justiça e de anistiar os bolsonaristas já condenados pela tentativa de golpe de estado e a supressão da democracia, levou o povo às ruas em todo o país, com centenas de milhares de pessoas reunidas em várias capitais brasileiras.
Reprodução
Nas maiores manifestações, realizadas no último domingo em São Paulo e no Rio de Janeiro, grandes bandeiras do Brasil, estendidas nas avenidas, contrastavam com o bandeirão dos Estados Unidos, que traidores da pátria exibiram nos últimos atos públicos bolsonaristas.
Esses são os destaques da edição de hoje (25/9) do programa No Fio da História, com comentários do analista político Brizola Neto e a participação, direto de Washington, nos Estados Unidos, do jornalista Timothy Rush, do Executive Intelligency Review, uma publicação independente norte-americana, parceira do jornal e da rádio Toda Palavra.
Veja o programa na íntegra: