No Fio da História: uma rebelião militar contra Trump
- Mehane Albuquerque
- há 8 horas
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Os crimes de guerra e atos de pirataria produzidos, por ordem do presidente Donald Trump e seu Secretário da Guerra, Pete Hegset, pela força naval americana estacionada na costa da Venezuela, já começam a criar um clima de rebelião entre os próprios militares dos Estados Unidos. A revelação foi feita esta semana pelo analista geopolítico Scott Ritter, um oficial de inteligência formado dentro do corpo de fuzileiros navais norte-americano, que chegou a ocupar o posto de inspetor de armas da Comissão Especial da ONU.
Esse é o destaque da edição do programa 'No Fio da História' que estreou nesta quarta-feira (17/10), e que traz a análise de Ritter.

Segundo ele, após o sequestro de um petroleiro venezuelano, seguido do confisco de sua carga de mais de 60 milhões de dólares, os Estados Unidos assumiram a condição de “nação pirata”. Scott Ritter vê uma total ilegalidade no chamado “corolário de Trump”, baseado na Doutrina Monroe - segundo a qual o continente ocidental pertence aos americanos do norte - e introduzido na política de segurança internacional divulgada recentemente pelo governo dos Estados Unidos.
O oficial de inteligência assevera que os bombardeios, pelas forças norte-americanas, de dezenas de barcos em águas do Caribe, com a execução sumária de sobreviventes, constituem crimes de guerra e flagrantes violações não só do direito internacional como também da própria lei norte-americana e são passíveis de julgamento por corte marcial, com penas de morte ou de prisão perpétua previstas para os criminosos.
A suspensão, nos últimos dias, dos ataques a barcos no mar do Caribe sinalizam, segundo ele, uma reação interna das forças militares reunidas na esquadra formada por ordem de Pete Hegset para ameaçar a Venezuela. Isso, contudo, não impediu que Donald Trump anunciasse na terça-feira, 16 de dezembro, o bloqueio naval de navios petroleiros venezuelanos, o que por si só já constitui um ato de guerra sem o necessário aval do Congresso dos Estados Unidos.
Também nesta edição de No Fio da História as análises sobre os principais fatos da semana no Brasil, como a volta do povo às ruas sob a hashtag “Congresso inimigo do povo” e as derrotas da direita e do Centrão nos casos do deputado Glauber Rocha, que teve o seu mandato preservado, e da agora ex-deputada Carla Zambeli, cujo processo de extradição da Itália já movimenta o Itamaraty. E mais: a responsabilização, pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, do governador Cláudio Castro pelas chacinas do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro.
Assista na íntegra:






