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Petrobras corta 12% do preço do diesel em 2025; posto sobe 3%


(Foto: Agência Petrobras)
(Foto: Agência Petrobras)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (10) os dados da inflação de maio e registrou que, de janeiro até o final de abril, o preço do óleo diesel em postos de combustíveis do país havia subido 3,02%. A alta ocorreu enquanto a Petrobras cortou em 12% o preço do combustível vendido às distribuidoras do produto.


A Petrobras é a maior produtora de diesel do país, fornecendo cerca de 80% do combustível que abastece a frota nacional de caminhões. A estatal, no entanto, não controla os preços do derivado de petróleo, já que ele depende também do ganho das distribuidoras e dos postos de combustíveis com a revenda.


Dados públicos compilados pelo economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), indicam que, desde o final de 2024, a margem dos postos sobre o preço do diesel já subiu 50%. Saltou de R$ 0,59 por litro para R$ 0,89 por litro de dezembro até o final de abril.


Não há dados disponíveis sobre o margem em maio e junho.


Hoje, segundo pesquisa da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro do diesel no Brasil é vendido, em média, a R$ 6,05.


Desse valor, a Petrobras responde por pouco mais da metade. Desde o início de maio, a estatal vende o litro de diesel a distribuidoras por R$ 3,27.


O preço do litro vendido pela companhia chegou a esse valor após três quedas promovidas em 2025. O diesel começou o ano vendido a R$ 3,72; baixou a R$ 3,55 em janeiro; para R$ 3,43 em março; e depois para R$ 3,43 em abril.


A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, admitiu em maio que essa queda não se refletiu no preço cobrado nos postos e recomendou que consumidores questionem os revendedores sobre o assunto.


“A gente recomenda que o consumidor pergunte por que isso não está chegando à ponta”, disse ele. “Pressiona, pergunta por que isso está acontecendo.”


“Se percebe que a margem bruta tanto da distribuição quanto da revenda aumentou”, explicou Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo (Ineep). “A redução [na Petrobras] não é repassada de maneira completa para o consumidor porque há uma absorção da margem pelo setor de distribuição e revenda, que foi privatizado no Brasil durante o governo Bolsonaro.”


No governo Bolsonaro, a Petrobras vendeu a BR Distribuidora, que distribuía e revendia gasolina e diesel. A estatal vendeu também a Liquigás, distribuidora de gás.

Ganho dos postos no país, segundo dados compilados pelo economista Eric Gil Dantas (Reprodução)
Ganho dos postos no país, segundo dados compilados pelo economista Eric Gil Dantas (Reprodução)

Gasolina e gás

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já criticou o preço do gás de cozinha no Brasil. Hoje, um botijão custa, em média, R$ 108, segundo a ANP.


“A Petrobras manda o gás de cozinha a R$ 37. Quando é que chega aqui? Cento e dez reais, R$ 120, tem estado que é R$ 140. E eu posso dizer para vocês que está errado. Vocês não podem pagar R$ 140 por uma coisa que custa R$ 37 da Petrobras. Está certo que tem o custo do transporte, mas não precisa pagar tanto”, disse, em maio.


Segundo o IBGE, desde o início do ano, o botijão subiu 1,4%. A Petrobras não anunciou nenhuma mudança no preço do gás em 2025.


A gasolina, por sua vez, já subiu 2,88%. Neste mês, a Petrobras reduziu o preço do litro do combustível em 5,31%. O impacto da redução só poderá ser medido com a divulgação dos dados da inflação deste mês, que ocorrerá em julho.


Desde o início do ano, a margem dos postos sobre a revenda de gasolina já subiu 11%, de acordo com os cálculos de Gil Dantas.


Do Brasil de Fato

 
 
 

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